O BCE disse hoje que os 109 bancos que supervisiona diretamente precisam de melhorar esta informação, embora reconheça os progressos realizados desde novembro de 2020.
O supervisor comunicou as deficiências aos bancos e publicou exemplos de como quer que comuniquem essas informações.
O BCE acrescenta que a regulamentação sobre riscos climáticos e ambientais "tornar-se-á mais rigorosa nos próximos anos", porque tanto os mercados, como o público em geral, esperam mais explicações.
Os bancos devem, portanto, adaptar sem demora a forma como comunicam.
Mas foram feitos progressos, com mais de 70% dos bancos a explicar a forma como os conselhos de administração controlam estes riscos, em comparação com mais de 50% em 2020.
"Contudo, o nível global de transparência é ainda insuficiente", de acordo com o BCE.
75% dos bancos não revelam se os riscos climáticos e ambientais têm um impacto material no seu perfil de risco, embora estejam expostos a esses riscos.
Quase 60% dos bancos não descrevem como a transição ou os riscos físicos podem afetar a sua estratégia.
Apenas 50% dos bancos diretamente supervisionados pelo BCE publicam indicadores importantes sobre os riscos climáticos e ambientais e apenas 15% publicam informações sobre as emissões das atividades empresariais que financiam.
O BCE enviou cartas individuais aos bancos a explicar as principais deficiências e espera que estes façam algo e se preparem para novos requisitos de capital, tais como o Pilar 3 da Autoridade Bancária Europeia sobre riscos ambientais, sociais e de governação.
Ainda este ano, o BCE, que também irá realizar o primeiro teste de stress climático este ano, irá rever novamente os relatórios dos bancos sobre estes riscos.
Também integra estes riscos na sua supervisão regular, o que terá impacto nos requisitos de capital do Pilar 2, que são requisitos de capital específicos para cada banco de acordo com os seus riscos e complementam os requisitos regulamentares mínimos (conhecidos como requisitos do Pilar 1).
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