Questionado sobre o ponto de situação da Zopt (acionista maioritária da NOS), Miguel Almeida disse que não discute assuntos de acionistas e que, "independentemente dos temas que extravasam" a administração, o importante é que "nada disso tem qualquer impacto na gestão da empresa", considerando que isso mesmo se vê pelo nível de investimento.
Na apresentação dos resultados de 2021, cujos lucros subiram 56,7% para 144,2 milhões de euros, o gestor destacou o investimento de 574 milhões de euros em 2021 e, no total, de 2.100 milhões de euros nos últimos cinco anos.
Quanto a dividendos, a administração da operadora NOS vai propor em assembleia-geral o pagamento de um dividendo de 27,8 cêntimos por ação, o mesmo valor pago nos últimos anos. O valor total corresponde cerca de 143 milhões de euros.
A NOS tem como principal acionista a Zopt (holding detida em 50% pela Sonaecom e a restante metade por Isabel dos Santos, sendo que esta parte está arrestada pelo tribunal), com 52,15% do capital social. A Sonae SGPS tem 7,38% e a Mubadala Investment Company (fundo soberano de Abu Dhabi) 5,0%.
A participação de Isabel dos Santos na ZON, através da ZOPT, está arrestada pelo tribunal, sendo que os dividendos que a NOS distribua ficam retidos em depósito na Caixa Geral de Depósitos, à ordem do tribunal.
Em março de 2021, a presidente executiva da Sonae, Cláudia Azevedo, afirmou que está "na expectativa" que "seja corrigido" o arresto de bens da ZOPT para que a parceria com a empresária angolana seja dissolvida.
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