Claranet Portugal. "Nunca vamos voltar 100% ao escritório"

O presidente executivo da Claranet Portugal afirma, em entrevista à Lusa, que "a maior parte das empresas" prevê o modelo de trabalho híbrido e que as pessoas não irão "voltar 100% ao escritório", uma tendência que veio para ficar.

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Lusa
19/02/2022 12:12 ‧ 19/02/2022 por Lusa

Economia

Claranet Portugal

Atualmente, a tecnológica conta com "cerca de 800 colaboradores", dos quais perto de 150 estão na região do Porto, outros cerca de 350 na região de Lisboa e 200 "estão espalhados pelo país" ou "diretamente" nos clientes da Claranet Portugal.

"Em Lisboa temos cerca de 300 a 350 colaboradores neste momento, são esses que vão utilizar a nova sede [no Hub Criativo do Beato, sendo que prevemos no futuro -- a maior parte das empresas prevê este modelo híbrido -- que nunca vamos voltar a 100% ao escritório", afirma António Miguel Ferreira.

"Vamos sempre ter um 'mix' de trabalho remoto e trabalho no escritório", considera.

António Miguel Ferreira salienta que as empresas de tecnologia já tinham algum trabalho remoto no passado, mas "a pandemia veio a acelerar esta tendência".

O presidente executivo conta que uma ou duas semanas antes do início do confinamento, algures entre fevereiro e março de 2020, o grupo estava "a discutir" como se incentivava mais o trabalho remoto.

"E, de repente, vem o 'lockdown' e o incentivo estava dado", remata.

No caso da nova sede, "nunca vamos impor que as pessoas regressem ao escritório", agora "o que nós vamos é tornar o escritório mais colaborativo e social do que era no passado e as pessoas, naturalmente, vão querer ir para o escritório quando precisam de trabalhar em equipa ou desempenhar projetos mais colaborativos, onde precisam de estar a fazer 'networking' com os seus colegas", salienta o gestor.

António Miguel Ferreira reconhece que existe resistência em alguns setores quanto ao teletrabalho em Portugal, que considera dever-se a "razões culturais, quer do lado das empresas, quer do lado dos colaboradores também".

Isto porque "há uma certa noção de que se estivermos no escritório estamos a trabalhar" e em casa "podemos ter a perceção que nos distraímos", mas "o tempo vai ajudar a desvanecer" esta "questão cultural", afirma.

Claro que nem todos os setores podem aderir ao teletrabalho: "Se tivermos numa linha de produção de uma fábrica temos de estar lá ou em serviços que tenham uma realidade física", por exemplo.

No entanto, "à medida que a economia se torna digital, não há uma necessidade absoluta de termos trabalho presencial no escritório", diz.

Na sua experiência, conta que no início da pandemia "houve um incremento grande de produtividade, as pessoas, ao ficarem em casa, sentiram a necessidade de dar ainda mais o seu esforço para a empresa".

Depois, uns meses mais tarde, surgiu "um certo cansaço da falta de relacionamento social", acrescenta.

"O que sentimos é que as pessoas querem voltar ao escritório, mas não totalmente, porque gostam de poder gerir a sua vida profissional em equilíbrio com a vida pessoal e achamos que isso é melhor para a produtividade", defende

Por isso, "o ideal é o modelo híbrido", defende.

E que regra tem a Claranet Portugal estabelecida? Segundo o gestor, não há.

"Aquilo que achamos é serão dois a três dias no escritório e o resto dos dias em casa, sendo que as pessoas terão a liberdade de poder estar uma semana toda o escritório e a outra a seguir em casa, se isso for melhor para o seu trabalho", conclui António Miguel Ferreira.

Leia Também: Claranet Portugal prevê contratar 100 pessoas até final do ano

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