Airbus aumentou produção de aviões em 2021
A Airbus entregou 611 aviões em 2021, um aumento de 8% relativamente a 2020, mas ainda um terço abaixo dos resultados antes da pandemia de covid-19, que tem sido devastadora para o setor da aviação.
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Economia Airbus
Em 2021, a fabricante europeia de aeronaves teve 507 pedidos líquidos (771 excluindo cancelamentos), face aos 268 em 2020 e 768 em 2019, segundo os resultados divulgados esta segunda-feira.
Apesar de uma situação financeira deteriorada pela pandemia de covid-19, as companhias aéreas continuam a encomendar novos aviões porque necessitam de reduzir as suas emissões de CO2 [dióxido de carbono] através de aeronaves mais económicas, mas também para garantirem que estão preparadas para o forte aumento de tráfego esperado a longo prazo.
Ao longo de 2021, a Airbus terá entregado mais aviões do que a rival norte-americana Boeing, que até final de novembro entregou 302 aeronaves, estando a 'batalha' equilibrada no número de pedidos.
A empresa norte-americana, que divulgará os números anuais na terça-feira, teve 457 pedidos líquidos até final de novembro.
Em conferência de imprensa telefónica, o diretor comercial da Airbus, Christian Scherer, considerou 2021 como "um bom ano" de transição para "a recuperação e crescimento".
O volume de entregas realizadas supera ligeiramente o objetivo de 600 aviões a serem entregues, e que foi revisto em alta ao longo do ano, apesar das dificuldades de alguns fornecedores em suportarem a recuperação após meses de baixa atividade.
Só em dezembro, a Airbus entregou 93 aeronaves.
A grande maioria dos aviões fabricados é de corredor único (da família A220 e A320), mais adequados para a retoma gradual do tráfego aéreo.
Estes são utilizados principalmente em voos domésticos e continentais, sendo que neste segmento a Airbus conta com um regresso aos níveis pré-crise em 2023, enquanto para rotas de longo curso, tradicionalmente destinadas a grandes operadoras, a retoma é esperada para 2025.
Das 611 aeronaves entregues, apenas 13% dizem respeito a aviões de grande porte (A330, A350 e os mais recentes A380).
"Embora as incertezas permaneçam, estamos no caminho certo para aumentar a nossa produção durante o ano de 2022", realçou o presidente executivo da Airbus, Guillaume Faury, citado em comunicado à imprensa.
Desde o início da pandemia de covid-19 que a Airbus tinha reduzido a sua produção dos A320 de corredor único (A319, A320 e A321) de 40 unidades por mês, contra as 60 unidades fabricadas anteriormente.
Agora, o crescimento permite produzir 45 por mês e os planos são aumentar para 65 aeronaves por mês no verão de 2023.
Até 2025 a Airbus pretende construir mensalmente 75 aeronaves, embora a viabilidade e o interesse esteja a ser alvo de intensa discussão com os fornecedores.
Quanto aos pedidos, a fabricante europeia registou um aumento em 2021 mas sem regressar aos níveis pré-pandemia.
"Tivemos o dobro de 2020. Estes são os primeiros sinais de que a recuperação e a procura são reais", garantiu Guillaume Faury, citado pela agência AFP.
O setor da aviação prevê duplicar o tráfego global registado em 2019 até 2050.
Mas com 507 pedidos líquidos, a Airbus continua um terço abaixo do nível pré-pandemia, sendo que três quartos das encomendas são para A321, a versão melhorada do A320, que permite transportar mais passageiros.
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