Em agosto, a Qatar Airways havia dito que foi forçada a aterrar aquele modelo de aeronave, devido à "degradação acelerada" das fuselagens em aviões de longo alcance, fazendo crescer as tensões com a fabricante europeia, sediada nos Países Baixos e com fábrica em França.
Embora a Airbus se tenha recusado a discutir especificamente a medida, a decisão da Qatar Airways de pousar o A350 levantou questões sobre fuselagem de fibra de carbono, projetada para tornar o avião mais leve e mais barato, queimando menos combustível.
Em comunicado, a companhia aérea catari disse que monitoriza há algum tempo a degradação a partir da tinta da fuselagem, descrevendo o problema como "significativo", sem apontar detalhes.
"Acreditamos fortemente que a Airbus deve realizar uma investigação completa deste problema [...], referiu hoje a transportadora.
A Qatar Airways possui uma frota de 53 Airbus A350 (séries 900 e 1000), tendo atualmente um pedido de 76 aeronaves à Airbus -- o maior pedido de uma companhia aérea do mundo.
A Airbus recusou-se a comentar a imobilização de aeronaves por parte da Qatar Airways.
"Como fabricante líder de aeronaves, estamos sempre em negociações / trabalhar com os nossos clientes. As conversas são confidenciais. Não temos mais comentários sobre as operações do nosso cliente", indicou a Airbus em comunicado.
Atualmente, a Singapore Airlines é a maior operadora do modelo A350 do mundo, com 56 aeronaves na sua frota. A transportadora disse que "não teve os problemas relatados".
Nos Estados Unidos, a Delta Air Lines possui uma frota de 15 aviões A350.
O A350 tem um valor de mercado de até 366,5 milhões de dólares (cerca de 324,6 milhões de euros), embora os compradores obtenham descontos em negócios em grande quantidade.
O diretor executivo da Qatar Airways, Akbar al-Baker, é conhecido por ter uma abordagem conflituosa nas negociações com fabricantes.
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