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Nubank estreia-se em Wall Street como maior 'fintech' da América Latina

O banco digital brasileiro Nubank destacou-se na sua estreia em Wall Street, alcançando uma capitalização de 48 mil milhões de dólares (42,5 mil milhões de euros) e posicionando-se como a entidade financeira latino-americana mais valiosa.

Nubank estreia-se em Wall Street como maior 'fintech' da América Latina
Notícias ao Minuto

07:32 - 10/12/21 por Lusa

Economia banco digital brasileiro

O Nubank começou a ser negociado na quinta-feira na Bolsa de Valores de Nova Iorque às 13:00 (horário local, 18:00 em Lisboa), com um preço inicial de 11,25 dólares (9,96 euros), 25% acima dos nove dólares (7,07 euros) definidos na noite anterior e que era tido como o extremo mais otimista de uma fasquia que já havia sido baixada.

Uma semana antes da estreia, quando o medo da variante Ómicron do coronavírus assolou os mercados, a empresa cortou as suas projeções de chegar a 50 mil milhões de dólares (44,27 mil milhões de euros), mas alguns analistas apontaram que talvez isso se devesse à baixa procura.

Contudo, estava mais longe da realidade: esta 'fintech' (empresa do setor tecnológico-financeiro) criada há menos de uma década no Brasil como uma alternativa ao seu concentrado ecossistema bancário disparou na quinta-feira na bolsa de valores, ultrapassando a maior entidade similar da região, o Itaú, e a segunda maior, o Bradesco.

Apesar de ter moderado a sua evolução e de ter fechado a 10,33 dólares (9,15 euros) por ação, também se posicionou como a terceira maior empresa brasileira cotada nos Estados Unidos, atrás da petrolífera Petrobras e da mineradora Vale.

O seu CEO, o empresário colombiano David Vélez, que bateu o tradicional sino de abertura em Wall Street, disse à agência espanhola Efe que o crescimento do Nubank foi "incrivelmente rápido" e a trajetória "gratificante".

Para fazer isso, contou com o apoio de grandes fundos, incluindo seu ex-empregador, Sequoia, e o conglomerado Berkshire Hathaway, de Warren Buffett.

Com 48 milhões de clientes espalhados pelo Brasil, Colômbia e México, a empresa procura "dar alternativas aos consumidores e 'bancarizar' toda a população da América Latina, com cerca de 200 milhões de pessoas que não têm acesso a serviços financeiros", afirmou.

Vélez destacou o impacto positivo da pandemia nos negócios, que fez com que pessoas com mais de 60 anos abrissem contas digitais e, garante, "não se veem mais voltando" aos modelos tradicionais.

"É quase impossível voltar ao passado. Essa mudança de comportamento (...) é sustentável e se torna algo que, independente do estrato social ou da idade, o cliente abraça", avaliou.

Fruto de uma maior clientela, o Nubank aumentou a sua receita para mil milhões de dólares (885,4 milhões de euros) nos primeiros nove meses de 2021, embora as suas perdas ascendam a 99,1 milhões de dólares (87,7 milhões de euros), segundo documentos entregues ao órgão regulador.

Após as boas-vindas em Wall Street, o Nubank estreia-se hoje na Bolsa de Valores de São Paulo através de certificados de depósitos brasileiros (BDRs), num "gigantesco programa de educação financeira" que começa com os seus próprios clientes no Brasil.

A Nubank comprou a corretora EasyInvest no ano passado e hoje apresenta-a integrada na sua aplicação móvel sob o nome de NuInvest, em que oito milhões de clientes receberão um BDR de presente, num "movimento ambicioso" para atrair brasileiros para a bolsa, destacou Velez.

Leia Também: Fundo de Warren Buffett investe 410,6 ME no banco digital Nubank

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