Gentiloni: Retoma do turismo internacional é prioritária para Portugal

O comissário europeu da Economia considera, em entrevista à Lusa, que o relançamento do turismo internacional deve ser "estrategicamente uma prioridade" para a retoma da economia portuguesa, numa altura em que o setor vive ainda uma "incerteza elevada".

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© VIRGINIA MAYO/POOL/AFP via Getty Images

Lusa
11/11/2021 15:33 ‧ 11/11/2021 por Lusa

Economia

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"A importância do turismo e do turismo internacional não é um fator temporário para a economia portuguesa, pelo que o seu relançamento é estrategicamente uma prioridade", afirmou Paolo Gentiloni, em entrevista à Lusa e outros meios europeus, em Bruxelas.

Falando no dia em que a Comissão Europeia melhorou as previsões de crescimento para a economia portuguesa para 4,5% este ano e 5,3% no próximo, o comissário europeu da tutela vincou que "o relançamento do turismo global é essencial para as economias portuguesa, grega ou espanhola".

Ainda assim, Paolo Gentiloni assinalou que esta retoma está relacionada com "regimes de vistos e a evolução da pandemia", não dependendo de fatores internos.

Nas previsões macroeconómicas hoje divulgadas, a Comissão Europeia melhora as previsões de crescimento para a economia portuguesa para 4,5% este ano e 5,3% no próximo, estimativas que ficam, contudo, aquém das do Governo.

No documento, Bruxelas refere que "o turismo estrangeiro também começou a recuperar, mas permaneceu significativamente abaixo no nível pré-pandemia".

Por essa razão, "o balanço dos riscos parece ligeiramente negativo devido à grande dimensão do turismo estrangeiro, onde a incerteza permanece elevada", acrescenta o executivo comunitário.

Nestas previsões, Bruxelas espera ainda que o défice português atinja os 4,5% do Produto Interno Bruto (PIB) e que a dívida pública chegue aos 128,1% do PIB este ano, previsões piores do que as do Governo.

Por outro lado, o executivo europeu estima que a taxa de desemprego portuguesa atinja os 6,7% este ano, uma previsão mais otimista do que a do Governo (6,8%), prevendo descidas subsequentes em 2022 e 2023.

Questionado na entrevista pela Lusa sobre eventuais efeitos da crise energética para a economia portuguesa, Paolo Gentiloni referiu que estes são "impactos mais temporários", tanto no país, como no resto da Europa.

"A questão que é abordada frequentemente nestas semanas é quanto tempo durará [esta escalada de preços na energia no espaço europeu] e eu diria que é consensual que este aumento será moderado após o inverno", assinalou.

Segundo Paolo Gentiloni, tal assunção "não se baseia apenas no pressuposto meteorológico, mas também, por exemplo, na análise dos mercado do gás no momento atual, mostrando muito claramente uma diminuição [dos preços] no próximo ano".

"Portanto, penso que podemos saber que a influência é elevada, mas também vemos que isto não poderia desaparecer mas poderia ser moderado no próximo ano", adiantou.

A escalada dos preços da luz -- devido à subida no mercado do gás, à maior procura e à descida das temperaturas -- ameaça exacerbar a pobreza energética na Europa e causar dificuldades no pagamento das contas de aquecimento neste outono e neste inverno.

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