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Moody's altera perspetiva do crédito para 2022 de negativa para estável

A agência de notação financeira Moody's alterou hoje a perspetiva global dos 'ratings' de negativa para estável para os próximos 18 meses, graças à recuperação económica, de acordo com uma nota hoje divulgada pela empresa norte-americana.

Moody's altera perspetiva do crédito para 2022 de negativa para estável
Notícias ao Minuto

15:13 - 03/11/21 por Lusa

Economia Agência

"A nossa perspetiva para o crédito soberano em 2022 é estável, refletindo as nossas expectativas para as condições fundamentais que irão guiar o crédito soberano nos próximos 12-18 meses, relativamente a 2021", pode ler-se na nota hoje publicada pela Moody's.

A agência de 'rating' refere que a "atual recuperação económica irá continuar em 2022, melhorando as receitas orçamentais e permitindo aos governos que comecem a relaxar alguns dos estímulos extraordinários que providenciaram em resposta à pandemia".

"Défices orçamentais mais pequenos e crescimento sólido irão estabilizar os fardos da dívida para a maioria dos soberanos, ainda que significativamente acima de níveis pré-pandémicos. Isto vai aliviar as pressões imediatas sobre o crédito para os governos na maioria das regiões", sustenta a empresa norte-americana.

Por outro lado, a Moody's relembra que os Estados soberanos "continuarão a sofrer as consequências dos custos da pandemia num prazo mais longo", dado que os apoios às famílias e a muitos setores "deixou os soberanos com balanços mais fracos".

"Quando as taxas de crescimento regressarem à tendência pré-pandémica, a maioria dos soberanos vai ter dificuldades em manter excedentes orçamentais primários [sem custos dos juros] suficientemente largos para recuperar o espaço orçamental perdido antes do próximo grande choque", advertiu a agência.

A Moody's também considera que a "flexibilidade de políticas dos soberanos e a sua eficácia também vai ser testado pelos desafios sociais exacerbados pela pandemia, e por pedidos para os governos abordarem desafios de mais longo prazo como as alterações climáticas".

Num resumo do que foi o ano até agora, a Moody's recorda que "o ritmo de revisões abrandou significativamente em 2021 face a 2020, com a maioria das ações a serem neutras ou positivas, que refletem uma redução do risco de crédito ligada ao levantamento de restrições e resumo da atividade económica em muitos países".

"Isto contrasta agudamente com 2020 quando anunciámos mais ações negativas sobre o 'rating' soberano que o habitual, a maioria das quais devido à pandemia", salienta a agência de notação financeira.

A Moody's dá conta que até hoje "a maioria das 78 ações de 'rating' sobre soberanos anunciada em 2021 foi direcionalmente estável ou até positiva".

Um dos exemplos de uma ação positiva da Moody's é Portugal, que viu o seu 'rating' ser melhorado para Baa3 para Baa2, com perspetiva estável, no dia 17 de setembro.

De resto, sobre Portugal, a Moody's diz que juntamente com a Alemanha e a Irlanda, é "mais provável que retomem a sua posição orçamental pré-pandémica", ao passo que soberanos como a França, Japão, Reino Unido e Estados Unidos "continuarão a carregar fardos da dívida significativamente mais altos do que acontecia pré-pandemia".

No panorama global, a "recuperação económica começou no final de 2020, ganhou ímpeto durante 2021 e deverá continuar em 2022, apesar dos constrangimentos na oferta estarem a abrandar o ímpeto nalgumas regiões".

"No entanto, a recuperação económica permanecerá desequilibrada entre regiões e vulnerável a riscos. Para alguns soberanos, as perdas duradouras na produção económica continuarão a pesar na dinâmica da dívida durante muitos anos", adverte a agência.

A Moody's também salienta que "as taxas de vacinação vão determinar parcialmente a velocidade e robustez da recuperação", destacando-se a prestação das economias avançadas, especialmente na Europa, continente que poderá observar "surpresas no crescimento" devido ao desembolsar dos fundos europeus.

A agência de notação financeira também antecipa que a política monetária continue a permtir condições favoráveis de financiamento em 2022, "mas um súbito aperto nas condições de financiamento permanece um risco para os mercados emergentes".

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