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Frente Comum entrega 40 mil postais ao Governo exigindo aumentos

Meia centena de ativistas e dirigentes sindicais da Frente Comum concentraram-se hoje junto à residência oficial do primeiro-ministro, tendo entregado perto de 40.000 postais assinados pelos trabalhadores da administração pública exigindo aumentos e valorização das carreiras.

Frente Comum entrega 40 mil postais ao Governo exigindo aumentos
Notícias ao Minuto

14:16 - 20/10/21 por Lusa

Economia aumentos salariais

"Estamos aqui numa ação promovida pela Frente Comum e temos dirigentes e ativistas sindicais para entregar ao primeiro-ministro (António Costa) um conjunto com perto de 40.000 postais assinados pelos trabalhadores, em muito poucas semanas, a exigir o aumento dos salários e a valorização das suas carreiras", disse o coordenador da Frente Comum, Sebastião Santana, junto à residência oficial do primeiro-ministro, em Lisboa, à Lusa.

"Esta entrega dos postais é reveladora daquilo que é a vontade dos trabalhadores em melhorar as suas condições de vida e de trabalho e acontece no momento em que ainda estamos no processo de negociação geral anual daquilo que vai ser a revisão salarial e outras matérias determinantes para os trabalhadores da administração pública".

O dirigente sindical disse também lamentar que "até agora" a resposta do Governo tenha "não só sido insuficiente, como nula".

Quanto ao aumento dos salários, a proposta é de que "não haja" e que "exista, sim, uma atualização" de acordo com a inflação, lamentou o dirigente sindical, advertindo ainda que "isso não corrige o problema" que se arrasta há quase 13 anos com a desvalorização dos salários dos trabalhadores da administração pública.

Além disso, "não dá resposta" a questões essenciais, nomeadamente o sistema de avaliação, que "serve para garantir que os trabalhadores não progridem" e "não avalia coisíssima nenhuma".

Para o dirigente sindical, por outro lado, também "não melhora nenhum serviço", ao mesmo tempo que "não se reveem as carreiras" que é "preciso rever", que "é preciso valorizar", que "não se conta todo o tempo a muitas carreiras que têm essa exigência" e que "não se melhora objetivamente" os serviços públicos.

Ao contrário, acrescenta, o Governo afirma que "vêm aí muitos milhares de milhões de euros para a economia e para o mundo do trabalho", nomeadamente para "os trabalhadores da administração pública", e para a "valorização das funções sociais do Estado".

Mas, no fundo, trata-se de uma resposta "muitíssimo insuficiente", advertiu, mais uma vez, o dirigente sindical.

"Estamos aqui hoje como lembrete ao Governo de que a luta dos trabalhadores vai continuar e para dar voz aos trabalhadores que assinaram os postais e a muitos outros que ainda estaremos a recolher e que muito provavelmente entregaremos", bem como para "lembrar o Governo que temos em cima da mesa a realização de uma greve nacional no dia 12 de novembro de todos os trabalhadores da administração pública".

Trata-se, pois, de uma "resposta firme" à ausência de respostas por parte do executivo às propostas que a Frente Comum apresenta.

No início da semana, a Frente Comum afirmou que daria uma "resposta firme" à política de baixos salários na administração pública, a que o Governo deu continuidade com a proposta de Orçamento do Estado para o próximo ano.

Para Sebastião Santana, o aumento salarial de 0,9% previsto no Orçamento do Estado para 2022 (OE2022) e apresentado aos sindicatos, é, então, "apenas uma atualização salarial", não permitindo recuperar o poder de compra perdido nos últimos 13 pelos funcionários públicos.

O relatório que acompanha a proposta de OE2022, entregue na passada segunda-feira pelo Governo no parlamento, confirma os aumentos salariais de 0,9% para a generalidade dos funcionários públicos no próximo ano, o que, segundo o executivo, representa um esforço orçamental anual permanente de cerca de 225 milhões de euros.

Segundo um documento com as prioridades da proposta de OE2022, o salário base dos técnicos superiores da administração pública vai aumentar em 50 euros até 2023.

O salário de entrada dos técnicos superiores na administração pública é, atualmente, de 1.205 euros e nas negociações com os sindicatos na semana passada, o Ministério da Modernização do Estado e da Administração Pública já tinha indicado que este valor iria subir, mas remeteu a negociação sobre a matéria para o início do próximo ano.

Sebastião Santana desvalorizou esta medida por considerar que "deixa de fora muitos trabalhadores".

O sindicalista lembrou ainda que anualmente deixam a administração pública cerca de 50.000 trabalhadores, 10.000 dos quais para se aposentar.

"Isto mostra que muitos trabalhadores saem devido aos baixos salários", afirmou.

Leia Também: Frente Comum confirma greve na função pública em 12 de novembro

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