O supervisor bancário europeu conta "identificar as vulnerabilidades, as melhores práticas e os desafios" do setor bancário, de acordo com um texto publicado hoje pelo BCE.
Vai ser analisada a "vulnerabilidade" dos bancos a um cenário de "aumento rápido" do preço do dióxido de carbono (CO2) a partir de 2022, no quadro de uma transição acelerada para uma indústria livre de carbono e da adoção "abrupta" de medidas de regulação ambiental.
Os principais bancos da zona euro devem indicar, em particular, "a que ponto dependem de rendimentos" provenientes de indústrias com elevadas emissões de CO2. O questionário do BCE também analisará a quantidade de emissões de gases com efeito estufa que os bancos "financiam", por exemplo, através de empréstimos.
O teste de 'stress' avaliará igualmente a vulnerabilidade das instituições em caso de inundações ou de episódios de seca ou de calor intensos.
Segundo um estudo do BCE publicado no fim de setembro, sobre o conjunto da economia, a inação de governos e de empresas no domínio do clima pode causar uma perda significativa do produto interno bruto no longo prazo na zona do euro.
A presidente do BCE, Christine Lagarde, tem considerado as alterações climáticas como um dos principais riscos para a economia e para o setor bancários nos próximos anos.
No verão, quando ocorreu a revisão da sua estratégia, o BCE decidiu integrar novos critérios relativos ao clima na sua política, nomeadamente no que se refere à compra de ativos.
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