"A mesa de Natal está salvaguardada, o problema pode estar na árvore"
A cadeia alimentar está salvaguardada, mas há um "conjunto de fatores" que está a pressionar a distribuição de bens em todo o mundo e que pode comprometer as compras de Natal, alerta a APED.
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Economia Distribuição
A Associação Portuguesa de Empresas de Distribuição (APED) alertou, na quinta-feira, para os riscos de distribuição de presentes no Natal, adiantando, contudo, que os produtos alimentares estão assegurados, uma vez que esta cadeia está a funcionar a 100%.
"É importante esclarecer e tranquilizar os cidadãos e consumidores portugueses. Não está aqui em causa a mesa de Natal, temos uma cadeia de abastecimento alimentar que está a funcionar em pleno, Portugal não é autossuficiente em todos os produtos alimentares, mas as cadeias de abastecimento ou são nacionais ou são de proximidade. Nos produtos alimentares não estamos a prever grandes constrangimentos", disse o diretor-geral da APED, Gonçalo Lobo Xavier, em declarações à RTP3, na quinta-feira à tarde.
"A mesa de Natal está salvaguardada, o problema pode estar na árvore de Natal e no sapatinho e isto não é um problema dos retalhistas. Há uma pressão muito grande causada por um conjunto de fatores que está a afetar a distribuição de bens em todo o mundo", esclareceu Gonçalo Lobo Xavier.
A contribuir para este risco de escassez estão vários fatores, entre os quais se destacam os seguintes: "Há a chamada crise dos contentores (...), algumas fábricas na Ásia estiveram sem laborar, há problemas no transporte marítimo, para além de estar tudo muito mais caro".
Ora, estes fatores combinados estão a "pôr muita pressão em áreas como a eletrónica, a do calçado, do vestuário", pelo que a reposição de produtos pode demorar mais tempo do que o esperado, numa altura em que estamos a pouco mais de dois meses do Natal.
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