Durante a votação, os republicanos não concordaram debater a iniciativa, embora o líder da maioria democrata no Senado, Chuck Schumer, tenha pedido que o plano, avaliado em 1,02 milhões de biliões de euros, fosse votado novamente nos próximos dias.
Por unanimidade, todos os 50 senadores republicanos votaram contra e 49 democratas a favor, fazendo com que o projeto não ultrapassasse os 60 votos necessários para ser discutido na câmara alta do Congresso.
Chuck Schumer decidiu votar o plano de infraestruturas, no sentido de "fazer a bola rolar", mas vários senadores republicanos consideraram a sua atuação muito agressiva e pediram-lhe várias vezes para adiá-la.
Segundo a agência noticiosa AP, os republicanos procuram um adiamento até segunda-feira, depois de terem criado uma obstrução, referindo que o grupo bipartidário precisava de mais tempo para concluir o processo e conferir os detalhes.
"Fizemos um progresso significativo e estamos perto de um acordo final", afirmou o grupo informal de 22 senadores republicanos e democratas, num comunicado conjunto após a votação.
Os senadores acrescentaram que estavam a trabalhar para "corrigir a legislação", que consideraram como "crítica", e estavam otimistas de que poderiam chegar a um acordo nos próximos dias.
O projeto avaliado em mais de um milhão de milhões de dólares, durante cinco anos, inclui cerca de 579 mil milhões de dólares (cerca de 490 mil milhões de euros) em novos investimentos em estradas, banda larga e outros projetos de obras públicas.
O objetivo de Joe Biden é modernizar o que chamou de "infraestruturas físicas", ou seja, estradas, ferrovias, portos marítimos e aeroportos.
Fora do pacto está a chamada "infraestrutura humana" necessária, por exemplo, para reabrir os centros de educação para as crianças, depois de terem fechado devido à pandemia da covid-19, bem como combater a pobreza, as alterações climáticas e expandir o "Medicare", um programa de seguros de saúde para pessoas com mais de 65 anos.
Essas medidas estão incluídas num pacote de investimentos sociais de 3,5 milhões de milhões de dólares (2,97 milhões de milhões de euros) que os democratas querem aprovar sozinhos através de uma lei conhecida como reconciliação e que permite aprovar um projeto-lei por maioria simples de 50 votos a favor, em vez dos 60 que normalmente são necessários.
Seis meses depois de Biden ter assumido o cargo de Presidente dos Estados Unidos da América, a sua promessa de campanha "Build Back Better" ("Construir Novamente e Melhor") está, agora, num momento-chave que deverá testar a sua Presidência e a suas esperanças numa nova era de cooperação bipartidária em Washington.
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