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"Ao fim de um ano, é uma das experiências mais positivas da minha vida"

O antigo deputado socialista Francisco Assis foi eleito presidente do Conselho Económico e Social há uma ano e considera que esta é uma das experiências mais positivas da sua vida, porque lhe tem dado uma visão mais vasta do país.

"Ao fim de um ano, é uma das experiências mais positivas da minha vida"
Notícias ao Minuto

07:32 - 11/07/21 por Lusa

Economia Francisco Assis

"Ao fim de um ano, devo dizer que tem sido uma das experiências mais positivas da minha vida. A partir daqui tem-se uma visão mais vasta do que é o país", disse Francisco Assis em entrevista à agência Lusa.

O presidente do Conselho Económico e Social (CES) contou que tem andado muito pelo país, e pretende continuar a andar, visitando nomeadamente universidades e institutos politécnicos, que "estão a fazer coisas muito boas, que não são devidamente conhecidas".

"Isso é também uma missão que me atribuí: dar a conhecer o que de melhor há em Portugal", afirmou.

Francisco Assis foi eleito pela Assembleia da República em 16 de julho de 2020, sucedendo ao antigo ministro socialista Correia de Campos.

Reconheceu que este primeiro ano na presidência do CES "foi um ano um pouco atípico devido à situação de pandemia", mas tentou dar um sinal de mudança através das pessoas que escolheu para colaborarem com o Conselho, trazendo consigo experiências académicas em áreas especificas que pretende ver analisadas e debatidas.

Como tinha direito a escolher dois vice-presidentes, escolheu dois professores universitários, um da área económica, e outra especializada em questões de igualdade de género.

"Pela primeira vez temos mulheres na vice-presidência do CES", salientou referindo-se à professora e investigadora Sara Casaca e à líder da CGTP, Isabel Camarinha, que assumiu o lugar no âmbito de um sistema de rotatividade.

Miguel Poiares Maduro, Ana Drago e Morais Leitão foram algumas das personalidades convidadas por Francisco Assis para coordenarem trabalho de análise e reflexão para servir de base a futuros debates.

Neste âmbito estão a funcionar no CES três comissões: uma para analisar a situação socioeconómica, outra para questões de ordenamento do território e outra para questões relacionadas com a natalidade.

Francisco Assis pretende que a da natalidade se transforme numa comissão mais geral virada para a demografia, tendo em conta que a baixa taxa de natalidade pode levar ao decréscimo da população.

Foram também criados três grupo de trabalho, um deles na comissão económica e social para estudar o crescimento económico.

"Queremos saber por que é que a economia portuguesa está estagnada há cerca de 20 anos", disse, considerando que esta "é uma reflexão estrutural", com base em estudos que já foram produzidos por várias universidades e fundações.

O objetivo é pôr os académicos convidados a trabalhar com especialistas exteriores ao CES e de dentro CES, com vista à produção de documentos e ao mesmo tempo lançar, a partir do outono, uma série de debates sobre os assuntos estudados.

"Mas a questão principal é criar a partir do CES um grupo de trabalho que produzisse reflexão que fosse a base para um debate mais amplo na sociedade portuguesa e cujos resultados serão transmitidos às instâncias decisórias, seja a Assembleia da República, seja o Governo", explicou o presidente do Conselho.

Segundo Francisco Assis, no outono, após as eleições autárquicas, o CES já deverá ter resultados suficientes dos vários grupo de trabalho e comissões para avançar com os debates temáticos.

É o caso da comissão de saúde, que considerou vital nesta fase de pandemia, cujo trabalho está a ser coordenado pelo professor Adalberto Santos Fernandes, que foi ministro da Saúde.

"Queremos abrir o CES à participação pública e ao país, até numa perspetiva de descentralização", afirmou Francisco Assis.

Leia Também: Assis só irá ao congresso do PS como presidente do CES

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