A TAP anunciou, esta quinta-feira, que iniciou o processo de despedimento coletivo que abrange 124 colaboradores. A empresa sublinha, contudo, que este número representa "uma redução muito expressiva" face ao número de saídas inicialmente estimado. 

"A nossa principal prioridade sempre foi promover e encorajar medidas voluntárias e, no caso das saídas, com compensações mais elevadas do que as previstas na lei. Concentrámo-nos em gerir o processo com dignidade e respeito pelas pessoas, com todos os casos avaliados individualmente. Globalmente, estes esforços extraordinários reduziram significativamente o objetivo inicial de redução de efetivos no plano de reestruturação", refere Christine Ourmières-Widener, Presidente Executiva da TAP, citada num comunicado a que o Notícias ao Minuto teve acesso. 

No plano de reestruturação que a TAP entregou à Comissão Europeia - o qual ainda está em avaliação pelo executivo comunitário - previa a saída de 2.000 colaboradores da companhia aérea. 

No mesmo comunicado, a TAP sublinha que as medidas voluntárias e consensuais, incluindo os acordos temporários de emergência, permitiram à companhia aérea reduzir em 94% o número de colaboradores abrangidos pelo despedimento coletivo.

Lamentamos todos os cortes de postos de trabalho causados pela pandemia, na indústria aérea e noutros setores, contudo temos de assumir um compromisso firme com o plano de reestruturação

"Esta redução no número de trabalhadores identificados para despedimento coletivo é o resultado de um esforço extraordinário que incluiu a celebração de Acordos Temporários de Emergência com todos os Sindicatos, rescisões por mútuo acordo com compensações financeiras acima do legalmente exigido, bem como candidaturas a vagas disponíveis na Portugália, entre outras medidas", adianta a empresa, no mesmo comunicado. 

Christine Ourmières-Widener, que assumiu recentemente funções na companhia aérea, lamenta, contudo, a situação: "Lamentamos todos os cortes de postos de trabalho causados pela pandemia, na indústria aérea e noutros setores, contudo temos de assumir um compromisso firme com o plano de reestruturação. A sobrevivência e recuperação sustentável da TAP depende da implementação efetiva do plano".

O processo de despedimento coletivo de 124 colaboradores abrange 35 pilotos, 28 tripulantes de cabina, 38 trabalhadores da manutenção e engenharia e 23 funcionários da sede, segundo uma mensagem enviada pela administração aos trabalhadores.

O Governo apresentou, em dezembro, o plano de reestruturação da TAP, que contemplava um máximo de dois mil despedimentos, cortes de 25% nos salários acima de 900 euros e apoios que podem atingir 3,7 mil milhões de euros até 2024. 

[Notícia atualizada às 11h11]

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