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OE2021: Analistas apontam para agravamento do défice no 1.º trimestre

O Instituto Nacional de Estatística (INE) divulga na quinta-feira o défice orçamental do primeiro trimestre, com analistas a apontarem para um agravamento do saldo devido aos efeitos da pandemia de covid-19 nas contas públicas.

OE2021: Analistas apontam para agravamento do défice no 1.º trimestre
Notícias ao Minuto

18:39 - 23/06/21 por Lusa

Economia OE2021

O défice do primeiro trimestre "irá exibir uma subida face ao observado em igual período do ano passado, refletindo os efeitos da pandemia, quer ao nível da receita, quer da despesa, uma vez que, em 2020, apenas a partir da segunda metade de março existiram os primeiros efeitos da pandemia", diz à Lusa o economista-chefe do Montepio, Rui Serra.

No primeiro trimestre de 2020, o saldo orçamental das Administrações Públicas registou um défice de 1,1% do Produto Interno Bruto (PIB), após um excedente de 0,1% do PIB em 2019, segundo dados do INE.

Também em comparação com o final do ano 2020 é esperado um agravamento do défice nos primeiros três meses de 2021, segundo o professor da Universidade Católica de Lisboa João Borges de Assunção.

"A dimensão inusitada dos apoios à economia e ao emprego no 1.º trimestre de 2021, muito superiores aos praticados no primeiro trimestre de 2020, deverá provocar uma deterioração sensível face ao défice de 5,7% reportado no ano de 2020", afirma o economista da Católica.

João Borges de Assunção diz que, embora esta subida seja "preocupante", ela pode ser "relativizada" tendo em conta as medidas de confinamento e apoio ao emprego e às empresas que têm sido adotadas.

"Será normal, porém, que a partir de 2022 o Governo comece a ser questionado sobre a sua estratégia para assegurar a sustentabilidade das finanças públicas, nomeadamente se a economia recuperar de forma significativa ao longo deste ano", acrescenta o professor.

O INE divulga na quinta-feira o saldo orçamental relativo ao primeiro trimestre do ano, com as contas nacionais trimestrais por setor institucional.

Em 2020, ano em que começou a pandemia, as Administrações Públicas registaram um défice de 5,7% do PIB em contabilidade nacional, correspondente a 11.501,1 milhões de euros, regressando a terreno negativo após um excedente de 0,1% do PIB em 2019.

Para o conjunto do ano, o Governo prevê um défice de 4,5% do PIB, mais otimista do que o estimado pela Comissão Europeia (4,7%) e que o Fundo Monetário Internacional (5%).

Na quinta-feira, o INE divulga ainda a taxa de poupança das famílias que, em 2020, atingiu 12,8% do rendimento disponível, uma subida de 5,7 pontos percentuais face a 2019, sendo o valor mais alto desde 2002.

Leia Também: Brasil reduz défice público em abril para 10,8% do PIB

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