Esta não está a ser uma semana positiva para o mercado das criptomoedas. A bitcoin, a moeda digital mais conhecida do mundo, desvalorizou nos últimos dias e já anulou os ganhos que obteve em 2021, de acordo com Henrique Tomé, analista da XTB.
"O mercado das criptomoedas volta a registar mais uma semana trágica. A volatilidade aumentou significativamente, lembrando aos investidores que este mercado não é recomendado para perfis mais conservadores", refere Henrique Tomé, citado numa nota enviada ao Notícias ao Minuto.
Há momentos*, porém, a bitcoin valorizava mais de 6% para 38.957 dólares. Ainda assim, este valor está bem distante do máximo histórico de 64.869 dólares, alcançado a 14 de abril.
O que está na base desta desvalorização?
"As quedas aprofundaram-se depois do governo chinês ter anunciado que queria suspender a mineração de criptomoedas e as negociações de cripto-ativos. Este é um grande golpe para o mercado, considerando que até 50% da mineração é proveniente da China", refere o analista da XTB.
No seguimento desta decisão, "todo o mercado de criptomoedas perdeu mais de um trilião de dólares americanos nas últimas semanas e a capitalização de mercado atual caiu para os 1,5 triliões de dólares americanos, enquanto que o volume médio diário de negociações ronda os 235 mil milhões de dólares".
Além disso, a bitcoin tem vindo a cair desde as dúvidas geradas pelas declarações do fundador da Tesla, Elon Musk. A 13 de maio, a bitcoin teve uma desvalorização acentuada depois de Musk ter anunciado na rede social Twitter que a Tesla ia deixar de aceitar pagamentos em essa moeda digital, devido ao seu impacto ambiental.
Acrescentou-se ainda o relatório do Banco Central Europeu sobre a estabilidade do sistema financeiro que reafirmou a classificação da bitcoin como um ativo "arriscado e especulativo".
[*Cotação atualizada às 9h00 do dia 25 de maio de 2021, com base nos dados do Investing]
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