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Angolana BestFly arranca com primeiros seis voos domésticos em Cabo Verde

A BestFly, companhia de origem angolana que passou a assumir a concessão do serviço público de transporte aéreo interilhas em Cabo Verde, realiza hoje os primeiros seis voos, dos 30 previstos para esta semana no arquipélago.

Angolana BestFly arranca com primeiros seis voos domésticos em Cabo Verde
Notícias ao Minuto

08:10 - 17/05/21 por Lusa

Economia BestFly

De acordo com o plano de voos da companhia, a BestFly estreia-se às 07:00 (mais duas horas em Lisboa) com a ligação a partir da Praia (ilha de Santiago) para a ilha de São Vicente e regresso, seguindo-se a saída às 09:50 locais da Praia para São Filipe (ilha do Fogo), com regresso.

Os dois últimos voos do dia de estreia da nova concessão - que começa com um ATR72-600 com previsão de um segundo em operação dentro de um mês - realizam-se entre a Praia e São Nicolau, com saída às 13:40 locais e regresso à capital.

O Governo de Cabo Verde anunciou na tarde de sexta-feira, em comunicado, que concessionou a exploração do serviço público de transporte regular aéreo interilhas à empresa BestFly Angola, por um período de seis meses, com efeito a partir de 17 de maio.

A operação em Cabo Verde arranca hoje com o operador BestFly Angola, enquanto o grupo aguarda pelo certificado de operador aéreo em Cabo Verde, onde já tem empresa criada desde 2015, explicou a administração.

Em declarações anteriores à Lusa, o diretor-executivo do grupo BestFly, Nuno Pereira, garantiu que o objetivo é apresentar um projeto que vá além da concessão, em regime de emergência, atribuído pelo Governo face à ausência de voos a partir de hoje por parte da Transportes Interilhas de Cabo Verde (TICV, detida pela espanhola Binter).

"O nosso compromisso com Cabo Verde e com o povo cabo-verdiano é total e é nossa intenção o estabelecimento permanente da nossa operação em Cabo Verde", afirmou.

O Governo justificou que a decisão foi tomada "na sequência da manifesta decisão" da TICV "de cessar as suas operações, a partir de 17 de maio", sendo aquele, até à data, "o único operador aéreo que garante os voos domésticos e perante a imperiosa necessidade de garantir os voos internos e assim o direito constitucional de mobilidade dos cabo-verdianos".

Segundo Nuno Pereira, a BestFly é uma empresa "de matriz angolana, mas com presença internacional", em geografias como Dubai, República do Congo e Portugal.

"Haverá pequenos ajustes de programação [face ao anterior serviço, assegurado pela TICV], mas a essência da conectividade interilhas será assegurada na totalidade. O compromisso da empresa é manter os preços o mais competitivos e mais baixos possíveis", sublinhou o diretor-executivo do grupo angolano.

A BestFly garante ainda que vai arrancar com o recrutamento de trabalhadores locais.

"O nosso compromisso com Cabo Verde é total e pretendemos começar a título imediato a contratar quadros locais e com certeza que os melhores quadros serão contratados garantindo a empregabilidade dos nacionais de Cabo Verde", assegurou Nuno Pereira.

Os voos entre ilhas em Cabo Verde corriam o risco de ficar suspensos a partir de hoje, com a TICV, única empresa que assegurava as ligações, a não disponibilizar bilhetes há várias semanas para qualquer destino a partir de segunda-feira.

No comunicado anterior, o Governo reconheceu que a pandemia da covid-19 "teve um efeito devastador no setor da aviação civil" e a TICV "não foi exceção", com uma redução de passageiros transportados, "impactando negativamente nas suas vendas e nos resultados obtidos, situação que continua a prevalecer no presente ano 2021".

"Os acionistas da empresa deram a conhecer esta situação ao Governo, ainda em 2020, e prontamente o Governo apresentou algumas modalidades de ajuda no quadro dos instrumentos definidos para apoiar a indústria da aviação civil, por forma a ultrapassar essa situação. No decorrer das conversações sobre o modelo de apoio que poderia ser negociado, os acionistas manifestaram, igualmente, o desinteresse pelo negócio em Cabo Verde e a consequente vontade de parar as operações e liquidação da empresa, salvo se não houvesse um comprador interessado", lê-se no comunicado.

Recordava ainda que o Governo manteve negociações para "encontrar uma solução que permitisse a não descontinuidade da operação da TICV" e "por consequência garantir a mobilidade aérea de pessoas e cargas entre as ilhas", tendo em conta tratar-se do "único operador a atuar no mercado de transportes domésticos de passageiros".

O Governo afirmou que "perante este quadro e sendo necessário garantir a mobilidade" entre as ilhas, "viu-se na obrigação de procurar uma solução de emergência que se traduziu no convite à BestFly Angola a apresentar uma proposta", a qual "teve como consequência a prevista assinatura de um contrato de concessão de exploração de serviço de interesse público de transporte aéreo regular interno de passageiros, carga e correio, incluindo as obrigações de serviço público, figurino previsto no Código Aeronáutico de Cabo Verde".

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