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Costa do Marfim defende flexibilidade do FMI em países africanos

O Presidente da Costa do Marfim defendeu hoje mais flexibilidade por parte do Fundo Monetário Internacional (FMI) relativamente ao défice das contas públicas dos países africanos, elogiando, ainda assim, o apoio dado pelo Fundo durante a pandemia.

Costa do Marfim defende flexibilidade do FMI em países africanos
Notícias ao Minuto

16:41 - 10/05/21 por Lusa

Economia Covid-19

"Agradecemos o apoio que o FMI deu, não só através da emissão de Direitos Especiais de Saque, mas também em apoios diretos durante a pandemia, mas não é sensato permitir que a França tenha um défice de 8% e ao mesmo penalizar-nos por termos 4 ou 5%", disse Alassane Ouattara durante uma conversa com a diretora executiva do FMI, a propósito da comemoração dos 60 anos do departamento africano.

Ouattara, ele próprio antigo economista do FMI e diretor do departamento africano, considerou que em tempo de pandemia as regras devem ser mais flexíveis e alertou os países do G20 que "se não controlarmos a causa das crises, do terrorismo, que é a pobreza, daqui a duas ou três décadas a Europa e os Estados Unidos serão ingovernáveis devido ao aumento das migrações e do terrorismo".

Na resposta, Kristalina Georgieva disse que o Fundo está ciente das dificuldades dos países mais vulneráveis aos efeitos da crise, e particularmente os africanos, defendendo que é preciso "um equilíbrio entre a evolução dos desequilíbrios orçamentais a médio e longo prazo, por um lado, e a necessidade de ver como pode a recuperação económica acontecer no imediato".

O FMI, acrescentou, "reconhece a necessidade de haver uma flexibilidade específica para cada país e reconhece também que apesar de ter haver uma consolidação orçamental a curto prazo, não podemos diminuir o tamanho do paraquedas que protege as economias".

Durante a conversa, moderada pelo atual diretor do departamento africano, Aemro Abebe Selassie, Georgieva alertou para a possibilidade de "o grande confinamento evoluir para a grande divergência, em que as economias mais fortes recuperam rapidamente e o resto do mundo, particularmente o continente africano, fica para trás".

África registou mais 225 óbitos associados à covid-19 nas últimas 24 horas, elevando o total para 124.434 desde o início da pandemia, e mais 7.837 novas infeções, superadas pelos mais de 11 mil recuperados, segundo os dados oficiais.

De acordo com o Centro de Controlo e Prevenção de Doenças da União Africana (África CDC), o número total de infetados nos 55 Estados-membros da organização é de 4.635.103 e o de recuperados da doença nas últimas 24 horas é de 11.283, para um total de 4.190.714 desde o início da pandemia.

O primeiro caso de covid-19 em África surgiu no Egito, em 14 de fevereiro de 2020, e a Nigéria foi o primeiro país da África subsaariana a registar casos de infeção, em 28 de fevereiro.

A pandemia de covid-19 provocou, pelo menos, 3.284.783 mortos no mundo, resultantes de mais de 157,5 milhões de casos de infeção, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.

A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de dezembro de 2019, em Wuhan, uma cidade do centro da China.

Leia Também: Portugal dá total apoio à Argentina para que FMI suspenda o spread

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