Presença de ex-ministros no Conselho do BCE não ameaça independência
O governador do Banco de Portugal (BdP), Mário Centeno, considera que o número de ex-ministros que atualmente integram o Conselho do Banco Central Europeu (BCE) é "um fenómeno natural" que em nada ameaça a independência da instituição.
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Economia Centeno
"Quero deixar completamente claro que esta situação não ameaçou a independência do banco central no passado, nem o fará hoje. No Conselho trabalhamos em equipa", afirmou Centeno numa entrevista ao Central Banking, quando questionado sobre a atual presença no Conselho do BCE dos antigos ministros Christine Lagarde (presidente do BCE), Luis de Guindos (vice-presidente) e dele próprio, além do atual governador do Banco da Finlândia, Olli Rehn.
Sustentando que "a presença de ex-ministros no Conselho do BCE deve ser vista como um fenómeno natural", o atual governador do BdP recordou que "aconteceu com frequência no passado": "Se recuar 10 anos e contar o número de ex-ministros, não será substancialmente diferente da situação atual", disse.
Segundo salientou Centeno, todos os ex-ministros referidos "ocuparam vários cargos de destaque ao longo das suas carreiras profissionais" e "todos têm uma experiência muito relevante no governo e/ou no setor privado, em instituições nacionais e internacionais".
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