"Também está previsto no plano - e está a ser trabalhado profundamente - opções sobre outras empresas do grupo, onde esta incluída a Cateringpor, a empresa de 'catering', e a M&E Brasil", disse o responsável, ouvido esta manhã pela comissão parlamentar de Economia, Inovação, Obras Públicas e Habitação, por requerimento do PSD e da Iniciativa Liberal.
"Estamos a fazer um trabalho muito sério, muito profundo e, como sabem, a M&E Brasil não é uma questão simples", acrescentou Ramiro Sequeira.
Em dezembro, por ocasião da entrega do plano de reestruturação da transportadora aérea portuguesa à Comissão Europeia, o ministro das Infraestruturas e da Habitação, Pedro Nuno Santos, disse que se pretendia vender a M&E Brasil, mas que o Governo ia aguardar por um momento mais favorável no mercado.
"Sabemos que a M&E Brasil não é uma empresa com a qual queiramos ficar", garantiu Pedro Nuno Santos. "Não temos ganho, mas é um trabalho que se vai fazer. A ME Brasil é uma empresa para ser vendida", acrescentou.
Em novembro, o Expresso noticiou que, entre julho e outubro, a TAP transferiu para a empresa de manutenção que detém no Brasil 0,1% do montante que recebeu do Estado em ajuda pública, o equivalente a 1,2 milhões de euros.
Após cinco anos de gestão privada, em 2020 a TAP voltou ao controlo do Estado, que passou a deter 72,5% do seu capital, depois de a companhia ter sido severamente afetada pela pandemia de covid-19 e de a Comissão Europeia ter autorizado um auxílio estatal de até 1.200 milhões de euros à transportadora aérea de bandeira portuguesa.
O plano de reestruturação foi entregue à Comissão Europeia no último dia do prazo, 10 de dezembro, e prevê a redução de 25% da massa salarial do grupo (30% no caso dos órgãos sociais) e do número de aviões que compõem a frota da companhia, de 108 para 88 aviões comerciais.
No total, até 2024, a companhia deverá receber entre 3.414 milhões de euros e 3.725 milhões de euros.
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