A empresa referiu, num comunicado ao mercado, que "continua a investigar as circunstâncias do ataque e a quantidade de informações exfiltradas ou divulgadas, avaliando a existência de impactos sobre os seus negócios e terceiros, bem como determinando e tomando as medidas" adequadas.
Na madrugada de 01 de dezembro, a Embraer divulgou um outro comunicado informando que identificou um ataque aos seus sistemas internos de tecnologia da informação.
"O referido ataque informático foi identificado em 25 de novembro de 2020, o qual restringiu o acesso a apenas um único ambiente de arquivos da companhia", disse a empresa.
Hoje, a Embraer esclareceu que chegou a receber um pedido de negociação de potenciais pagamentos dos alegados responsáveis pelo ataque cibernético, e frisou que "não iniciou qualquer processo de negociação, bem como não realizou quaisquer pagamentos a terceiros supostamente envolvidos em tal incidente".
O pedido de resgate foi comunicado às autoridades brasileiras, que investigam o caso.
A empresa frisou também que realizou uma investigação interna e já apurou que certas informações foram divulgadas.
"A companhia está a trabalhar com os terceiros que foram afetados pelo incidente (...) e manterá o mercado informado dos desdobramentos relevantes deste incidente", concluiu.
A Embraer é fabricante e líder mundial de aeronaves comerciais com até 150 assentos e tem mais de 100 clientes em todo o mundo.
A empresa brasileira mantém unidades industriais, escritórios, centros de serviço e de distribuição de peças, entre outras atividades, nas Américas, África, Ásia e Europa.
Em Portugal, no Parque de Indústria Aeronáutica de Évora, funcionam duas fábricas da Embraer, sendo que a empresa também é acionista da OGMA - Indústria Aeronáutica de Portugal, com 65% do capital.