Wall Street satisfeita com Yellen no Tesouro e avanços nas vacinas
A bolsa nova-iorquina começou a semana em alta, com os investidores satisfeitos, primeiro, com os anúncios relativos a uma vacina contra o coronavirus e, depois, com a possibilidade de Joe Biden nomear Janet Yellen para o Tesouro.
© REUTERS/Carlo Allegri
Economia Wall Street
Os resultados definitivos da sessão indicam que o indice seletivo Dow Jones industrial Average valorizou 1,12%, para os 29.591,27 pontos.
Da mesma forma, o tecnológico Nasdaq progrediu 0,22%, para as 11.880,63 unidades, e o alargado S&P500 subiu 0,56%, para as 3.577,59.
O presidente eleito dos EUA prevê nomear Janet Yellen para a chefia do Departamento do Tesouro, indicou hoje à AFP uma fonte da equipa de Biden, confirmando informações avançadas inicialmente pelo Wall Street Journal.
Primeira mulher a presidir ao banco central norte-americano, a Reserva Federal (Fed), entre 2014 e 2018, Yellen, de 74 anos, deverá ser assim a primeira mulher a chefiar o Departamento do Tesouro, instituição equivalente na Europa ao Ministério das Finanças.
Este é o Departamento mais importante na estrutura do governo dos EUA depois do Departamento de Estado, cujo equivalente europeu é o Ministério dos Negócios Estrangeiros, para o qual se tem avançado o nome do diplomata Antony Blinken.
Segundo Gregori Volokhine, presidente do Meeschaert Financial Services, Yellen é considerada como "uma amiga dos investidores, porque se diz favorável ao aumento das despesas orçamentadas" para ajudar a economia dos EUA, atingida em pleno pelas consequências da pandemia do novo coronavirus.
"É também uma escolha que tranquiliza quanto à continuidade da política da Fed", acrescentou Volokhine. "Jerome Powell, que sucedeu a Janet Yellen, pede desde há um ano um reforço orçamental" junto do Tesouro.
Yellen, que é casada com o também economista George Akerlof, galardoado com o Prémio Nobel, beneficia ainda do apoio da ala esquerda do Partido Democrata, segundo fontes da AFP.
Durante a primeira parte da sessão, os investidores beneficiaram com o anúncio feito pelo laboratório britânico AstraZeneca, que a sua vacina, desenvolvida em associação com a Universidade de Oxford, tinha uma eficácia média de 70% contra o novo coronavirus, que podia chegar a 90% em alguns casos, segundo resultados intermediários dos ensaios clínicos em grande escala que realizou no Reino Unido e no Brasil.
Não obstante, a ação da própria AstraZeneca baixou 1,98%, com alguns analistas a avançarem que a informação que divulgou não eram tão convincentes quanto os publicitados pela Moderna, que valorizou 3,50%, e pela aliança entre a Pfizer - que também fechou a recuar (0,49%) - e a BioNTech (que ganhou 2,33%).
Nas duas últimas semanas, estes laboratórios -- Moderna, Pfizer e BioNTech -- anunciaram progressos relevantes sobre as vacinas que estão a desenvoler.
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