A economia portuguesa registou um crescimento de 13,2% em cadeia no terceiro trimestre, mas em comparação homóloga observou-se uma quebra do produto interno bruto (PIB) na ordem dos 5,8%, de acordo com os dados divulgados pelo Instituto Nacional de Estatística (INE).
"No 3.º trimestre de 2020, o PIB em termos reais registou uma redução homóloga de 5,8%, após a forte contração de 16,4% no trimestre anterior. A redução menos intensa do PIB no 3.º trimestre ocorreu no contexto de reabertura progressiva da atividade económica, que se seguiu à aplicação de medidas de contenção à propagação da Covid-19 com forte impacto económico nos primeiros dois meses do segundo trimestre", refere o INE, em comunicado.
Olhando para o trimestre anterior, "o PIB aumentou 13,2% em termos reais o que compara com a forte contração observada no trimestre anterior (variação em cadeia de -13,9%)", acrescenta a agência de estatísticas.
O Instituto Superior de Economia e Gestão (ISEG) estimava que o PIB português tivesse caído entre 6% e 8% no terceiro trimestre face ao mesmo período de 2019, segundo uma síntese de conjuntura divulgada no início de outubro. Quer isto dizer que os números hoje divulgados pelo INE são melhores do que o esperado.
Estes resultados seguem-se à queda do PIB de 16,4% no segundo trimestre do ano, naquele que foi o período mais afetado pelas medidas restritivas de combate à pandemia do novo coronavírus.
O Fundo Monetário Internacional (FMI) prevê uma queda de 10% do PIB português em 2020, e uma recuperação de 6,5% para 2021. O Governo prevê uma queda da economia de 8,5% este ano e uma recuperação de 5,4% em 2021. O Banco de Portugal estima uma quebra de 8% do PIB em 2020 e Comissão Europeia prevê uma queda de 9,8% da economia portuguesa este ano.