"No final de setembro, os pagamentos em atraso das entidades públicas ascenderam a 639,9 milhões de euros, o que representou uma diminuição de 263,3 milhões de euros relativamente ao período homólogo e um aumento de 81,2 milhões de euros face ao final do mês anterior", refere a Direção-Geral do Orçamento (DGO) na Síntese de Execução Orçamental hoje divulgada.
Seguindo a DGO, para a evolução homóloga dos pagamentos em atraso "contribuíram, sobretudo, os Hospitais EPE que registaram uma redução de 290,7 milhões de euros, parcialmente compensada pelo aumento de 38,2 milhões de euros na Administração Regional".
Os Hospitais EPE foram também os que mais contribuíram para a variação mensal, "com um aumento de 73,6 milhões de euros".
Os dados da execução orçamental apontam para um défice das contas públicas de 5.179 milhões de euros até setembro, valor que traduz um agravamento de 7.767 face ao valor registado no mesmo período de 2019.
"Este aumento do défice resulta do efeito combinado da redução da receita (-6,9%) e do crescimento da despesa (+5,2%), consequência do impacto da pandemia", refere o comunicado do Ministério das Finanças.