A Merenda Portuguesa, detida pela empresa portuguesa Menu Pão, oferece refeições dentro do pão, uma ideia que surgiu em 2012 e começou a ser desenvolvida no ano seguinte.

"A ideia surgiu da necessidade de as pessoas terem uma refeição prática e que pudesse ser entregue no trabalho e em que o pão fosse o prato e o acompanhamento", explicou o diretor da empresa, Paulo Cruz.

"É uma ideia original, com patente registada, que aposta em refeições tipicamente portuguesas", como carne à alentejana no pão, e que resultou da abertura de uma unidade do Centro Comercial Colombo, em Lisboa, em novembro último, um investimento de 100 mil euros.

A abertura da unidade do Colombo aconteceu com a entrada "de um sócio para dar capacidade financeira", disse Paulo Cruz.

O investimento de 100 mil euros nesta unidade, adiantou o diretor, inclui a construção do espaço, imagem e conceito, contando atualmente com 12 trabalhadores.

Para este ano, o diretor tem como plano de expansão a abertura de cinco novos espaços, num investimento de 600 mil euros, que vai criar cerca de 70 postos de trabalho.

"A expectativa era ter duas a três lojas próprias e depois avançar para o franchising", disse o responsável, acrescentando que a empresa está a preparar um dossiê que sirva de base aos futuros franchisados.

"Há interessados para três unidades no Norte do país, como também no Algarve", adiantou.

No entanto, também há manifestações de interesse para alargar o conceito "para os Estados Unidos, nomeadamente Washington, ou para Angola", mas ainda não há uma decisão final por tomar, disse Paulo Cruz.

"O objetivo imediato é consolidar a unidade do Colombo", afirmou o diretor, salientando que a Menu Pão tem como prioridade de aposta no mercado português, apesar de pretender exportar o negócio.

A faturação de uma unidade Merenda Portuguesa, segundo as estimativas da empresa, deverá rondar os 400 a 450 mil euros no final de um ano de operação, "numa estimativa prudente", disse.

"Estimamos que ao fim de três meses se atinja um número de vendas que permita começar a rentabilizar o negócio", apontou Paulo Cruz.

Questionado sobre a aposta na restauração numa altura em que o IVA está nos 23%, Paulo Cruz considerou que o imposto "é muito pesado nas operações deste tipo, levando quase um quarto do que é cobrado ao cliente".

No entanto, "não teríamos avançado com o negócio se este não trouxesse nada de novo. Acreditamos no produto e na proposta de valor acrescentado que tem", concluiu o empresário.