FMI prevê aumento de 7,2% do PIB de Espanha em 2021
O Fundo Monetário Internacional (FMI) manteve hoje a previsão de uma queda de 12,8% em 2020 para a economia espanhola e avançou que o país pode ter um crescimento de 7,2% em 2021, sujeito à evolução da covid-19.
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Economia FMI
No relatório anual apresentado hoje em Washington, o FMI precisa que o valor do crescimento para o ano que vem depende de as autoridades espanholas conseguirem conter a propagação da pandemia de covid-19.
O FMI recorda que a saída da crise sanitária atual "vai estar estreitamente ligada à capacidade de limitar novas infeções".
Além disso, a evolução da economia dependerá da dimensão, do calendário e da composição das despesas adicionais financiadas pela União Europeia" no valor de 140 mil milhões de euros.
A instituição pede "um compromisso político renovado" para que Espanha possa regressar à trajetória de crescimento e enfrentar reformas orçamentais que lhe permitam reduzir a dívida, que vai aumentar quase 30 pontos devido à crise do novo coronavírus.
O FMI acredita que os subsídios de desemprego e a assistência social "podem ter de ser temporariamente intensificados (em termos de critérios de elegibilidade, prestações e duração)" para apoiar as pessoas em risco de exclusão a longo prazo.
Caso a crise económica se estenda e haja risco de contágio, o FMI recomenda a utilização de instrumentos como a Sociedade do Estado de Participações Industriais (SEPI) para salvar "empresas sistémicas" com injeções temporárias de capital.
Por outro lado, o Fundo mantém a previsão de aumento da dívida pública, que deverá exceder 120% do Produto Interno Bruto (PIB), e propõe um ajustamento orçamental "gradual" que só deve chegar depois de 2022, quando espera que a economia espanhola "esteja numa trajetória de crescimento sustentável com um desemprego em declínio".
A instituição acredita que deve ser mantida uma vigilância "atenta" do setor bancário para evitar uma forte contração do crédito e a disseminação de ativos duvidosos.
O FMI acredita que após a fusão do Bankia e do Caixabank, "alguma consolidação adicional do sistema bancário" poderá ser aconselhável.
A instituição alerta que estas previsões são feitas num ambiente de grande incerteza a curto e médio prazo: "Uma falha no controlo de novos surtos, um progresso mais lento do que o esperado nas vacinas e tratamentos, um Brexit sem acordo e uma escalada das tensões comerciais poderiam perturbar ainda mais as perspetivas", afirma o FMI.
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