De acordo com o documento, o banco Montepio Geral (MG) Cabo Verde, constituído no arquipélago em 2005, é detido a 100% pela Caixa Económica Montepio Geral, sendo um dos quatro que funciona com licença restrita, apenas para clientes não residentes e por isso considerados 'offshore', tendo encerrado 2019 com um ativo total de 146,9 milhões de euros, uma descida de 12,4% face a 2018.
Os recursos de clientes fixaram-se no mesmo período em 138,3 milhões de euros, uma quebra homóloga de 14,6%.
Depois de prejuízos de cerca de 13.400 euros em 2016, de mais de 93 mil euros em 2017 e de 432 mil euros em 2018, a instituição apresentou resultados positivos de 146 mil euros no ano passado. Em 2015, o banco registou lucros de mais de 1,2 milhão de euros.
Tal como todos os outros bancos que operam no arquipélago (além dos quatro de licença restrita, ainda sete de licença genérica), o MG Cabo Verde não vai distribuir dividendos, apesar dos lucros de 2019, como prevenção das consequências económicas da pandemia de covid-19. O banco já não tinha distribuído dividendos, igualmente, em 2016, 2017 e 2018.
Desta forma, 10% do resultado líquido de 2019 será aplicado na Reserva Legal e o restante em resultados transitados.
Em 2019, os capitais próprios do banco atingiram 8,5 milhões de euros, um aumento de 1,9% face a 2018, "motivado pela evolução favorável do resultado líquido do exercício, comparativamente", refere ainda o relatório e contas.
O produto bancário do banco totalizou 700 mil euros, um aumento de meio milhão de euros face a 2018, "influenciado pelo desempenho favorável da margem financeira".
O capital social do MG Cabo Verde é atualmente de 8.996.508 euros.