"news_bold">"Alguns países [da União Europeia] não querem. Não acredito que haja um programa de apoio específico para o turismo", afirmou o social-democrata, antigo comissário europeu para a Investigação, Ciência e Inovação, defendendo que os projetos portugueses candidatos a apoios europeus devem apostar no digital e no ambiente.
Convidado da conferência 'online' da V Cimeira do Turismo Português - 'Turismo pós-covid' -, Carlos Moedas, atualmente administrador da Fundação Calouste Gulbenkian, considerou que "a Europa continua a comunicar muito mal" com as populações e que "devia comunicar mais diretamente com as pessoas", até porque os Estados-membros, normalmente os intermediários da informação, "anunciam os apoios como se fossem deles".
O ex-comissário europeu falou ainda sobre a saída do Reino Unido da União Europeia: "Parece que a probabilidade de sair sem acordo é maior do que sair com acordo. Vivemos um período muito difícil", disse, defendendo que, sem acordo, a Europa vai ter de impor tarifas e quotas, e o Reino Unido vai reagir também com quotas e tarifas, o que considerou "um regresso ao passado".
O Governo britânico rejeitou o ultimato da União Europeia (UE) para retirar uma proposta de lei que invalida algumas cláusulas do Acordo de Saída da UE e do Protocolo relativo à Irlanda do Norte.
A proposta de lei para o "Mercado Interno" contraria partes do Acordo de Saída, deixando de aplicar a lei da UE no caso de as negociações para um acordo de comércio pós-Brexit falharem, em temas como declarações de exportação, apoios estatais e controlos aduaneiros que envolvam a Irlanda do Norte.
A Comissão Europeia ameaçou o Reino Unido com uma ação judicial, avisando que "a violação dos termos do Acordo de Saída violaria o direito internacional, minaria a confiança e poria em risco as futuras negociações em curso sobre as relações".
As medidas para combater a pandemia de covid-19 paralisaram setores inteiros da economia mundial e levaram o Fundo Monetário Internacional (FMI) a prever uma queda da economia mundial de 4,9%, em 2020, arrastada por uma contração de 8% nos Estados Unidos, de 10,2% na zona euro, e de 5,8% no Japão.