De acordo com uma nota divulgada esta segunda-feira pelo regulador polaco da concorrência, o UOKiK, "o Gabinete da Concorrência e Defesa do Consumidor recebeu inúmeras reclamações de consumidores e informações das Inspeções Provinciais da Inspecção do Comércio relativas à apresentação incorreta de preços nas lojas Biedronka".
De preços mais altos na caixa do que nas prateleiras das lojas à falta de preços nos produtos, as reclamações deram origem à instauração de um processo contra a Jerónimo Martins na Polónia, pode ler-se.
Na sequência das queixas, foi pedida uma ação de fiscalização que viria a confirmar a dimensão da informação incorreta sobre os preços nas lojas da Jerónimo Martins. Mais acrescenta o regulador polaco que foi ainda possível verificar que a prática já se encontra em curso desde, pelo menos, 2016.
Apenas o início do procedimento de fiscalização, no final do ano passado, "contribuiu para as ações tomadas pelos proprietários da Biedronka para resolver as irregularidades identificadas", é indicado na mesma nota. "O presidente do UOKiK monitorizará os efeitos das mudanças implementadas com o objetivo de eliminar as violações dos interesses coletivos do consumidor", remata o regulador.
Entretanto, a Jerónimo Martins já fez saber que irá impugnar judicialmente a decisão. A Jerónimo Martins discorda da mesma e explica as discrepâncias com a "escala de operações da Biedronka", que conta naquele país com "mais de três mil lojas, cerca de 70 mil colaboradores e mais de quatro mil milhões de visitas de clientes entre 2017 e 2020", de acordo com a resposta enviada à Lusa.
"Há sempre a possibilidade de, por erro humano, faltarem alguns preços ou estarem mal colocados", garantiu a mesma fonte.
"A empresa tem tomado medidas robustas, e acima das práticas do mercado, para reduzir estes erros pontuais, tendo estas medidas já produzido efeitos. Mantemo-nos firmes na nossa estratégia de fornecer produtos de qualidade a preços baixos todos os dias, criando valor e apoiando as famílias polacas e a produção e fabrico de alimentos na Polónia, especialmente nestes tempos difíceis", referiu o grupo português.
