Luís Marques Mendes revelou, no seu habitual comentário no Jornal da Noite da SIC, que recebeu uma carta do presidente do Novo Banco, António Ramalho, após, na semana passada, o ex-líder do PSD ter feito "algumas críticas" à instituição. Em questão estava o assunto da alienação de imóveis do banco.
"Fiz aqui algumas críticas ao Novo Banco na semana passada designadamente chamar a atenção que era preciso explicar um conjunto de situações e dizendo também que o Novo Banco devia tomar a iniciativa de pedir uma averiguação ou de fazer uma averiguação independente a várias situações", começou por afirmar.
Neste seguimento, revelou então ter sido o destinatário de "uma carta formal do presidente do Novo Banco, muito correta e muito profissional, dando algumas explicações".
Por um lado, António Ramalho terá explicitado que o Novo Banco "já deu um conjunto de explicações mas vai voltar a dar a dúvidas que existem na Assembleia da República, no próximo mês de setembro", acrescentando que a missiva informava ainda que, "relativamente ao financiamento que foi feito ao comprador, essa operação já tinha uma autorização prévia da Comissão Europeia".
Mas a novidade é que, "nessa carta, apesar de todas estas explicações, o Novo Banco informa que resolveu, mesmo assim, pedir uma opinião independente a uma consultora internacional de renome que possa responder de forma imparcial às dúvidas que foram enunciadas".
Marques Mendes congratulou a instituição por esta iniciativa porque "quem não deve não teme" e quem "busca a transparência merece ser elogiado e não penalizado".
De recordar que o jornal Público noticiou no passado dia 28 que um fundo das ilhas Caimão comprou casas do Novo Banco com o crédito desta instituição financeira, num negócio que foi um dos maiores do ramo imobiliário dos últimos anos.