Livre comércio em África a 1 de janeiro é crucial para as economias

O secretário-geral do acordo de livre comércio em África disse hoje que as trocas comerciais ao abrigo deste acordo vão começar a 1 de janeiro do próximo ano e são cruciais na recuperação económica.

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Lusa
07/07/2020 18:33 ‧ 07/07/2020 por Lusa

Economia

Covid-19

 

"O calendário atrasou-se, mas continuamos empenhados em retomar o nosso trabalho e começar a fazer trocas comerciais em janeiro de 2021, como fomos instruídos pela assembleia-geral dos chefes de Estado", disse Wankele Mene durante a intervenção no final da sessão que assinala o primeiro Dia da Integração Africana.

"Vamos redobrar os esforços para começar a negociar nestes moldes em janeiro, assim a pandemia permita, e o acordo de livre comércio (AfCFTA, na sigla em inglês) será a ferramenta de que África precisa para relançar a economia depois da pandemia de covid-19", acrescentou o responsável.

O AfCFTA, assinado por 44 países com um PIB conjunto de 2 biliões de euros, devia entrar em vigor em 1 de julho, mas devido à pandemia da covid-19 e à complexidade das negociações, foi adiado para 1 de janeiro do próximo ano, tendo como objetivo eliminar as tarifas aduaneiras em 90% dos produtos.

Respondendo às questões dos jornalistas durante a conferência de imprensa final, Wankele Mene salientou que o adiamento, de julho para janeiro, é justificado pela credibilidade.

"Não é credível dizer que íamos começar a 1 de julho no meio de uma pandemia, ficaríamos descredibilizados, porque antes de começar a negociar com estas regras é preciso que haja uma infraestrutura, as regras de origem têm de estar definidas e o calendário das concessões das tarifas tem de estar acordado, e era esta negociação que íamos fazer até maio e deixou de ser possível por causa da pandemia", respondeu Wankele Mene à Lusa.

"A prioridade de todos os governos africanos é salvar vidas e colocar todos os recursos na coordenação do esforço de combate à pandemia, mas não há uma diminuição da vontade política de implementar o acordo, até porque como não temos grandes pacotes de estímulo financeiro a dar às nossas economias, o AfCFTA é a única ferramenta que temos para regressar às taxas de crescimento de 4% que tínhamos antes da pandemia", concluiu.

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