Frente Comum contesta que função pública fique sem aumentos em 2021
A Frente Comum de Sindicatos da Administração Pública (FCSAP) considerou hoje inaceitável que o ministro da Economia tenha admitido a possibilidade de os funcionários públicos ficarem sem aumentos salariais em 2021.
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Economia Covid-19
"A Frente Comum não aceita que as tristes declarações do Ministro da Economia se concretizem. Num quadro em que os trabalhadores da Administração Pública estão na linha da frente do combate à pandemia que se vive, consideramos absolutamente inaceitáveis as declarações do ministro da Economia, Pedro Siza Vieira, em que se refere a possibilidade de não haver aumentos de salários no próximo ano na Administração Pública", afirmou a estrutura sindical num comunicado.
Na nota de imprensa, a Frente Comum lembrou que os trabalhadores da Administração Pública estão a perder poder de compra desde 2009 e, por isso, "não aceitam que a reboque de uma pandemia se continue a desenvolver uma política de baixos salários, de desinvestimento nos serviços públicos e nos seus trabalhadores".
"O aumento dos salários e o investimento público é determinante no futuro do país e na recuperação económica que, necessariamente, terá que acontecer", defendeu, lamentando ter tomado conhecimento das intenções do Governo pela comunicação social.
Os funcionários públicos tiveram 10 anos consecutivos sem aumentos salariais e este ano tiveram 0,3%.
O novo coronavírus, responsável pela pandemia da covid-19, já infetou mais de 727 mil pessoas em todo o mundo, das quais morreram perto de 35 mil.
Dos casos de infeção, pelo menos 142.300 são considerados curados.
Em Portugal, segundo o balanço feito hoje pela Direção-Geral da Saúde, registaram-se 140 mortes, mais 21 do que na véspera (+17,6%), e 6.408 casos de infeções confirmadas, o que representa um aumento de 446 em relação a domingo (+7,5%).
Dos infetados, 571 estão internados, 164 dos quais em unidades de cuidados intensivos, e há 43 doentes que já recuperaram.
Portugal, onde os primeiros casos confirmados foram registados no dia 2 de março, encontra-se em estado de emergência desde as 00:00 de 19 de março e até às 23:59 de 2 de abril.
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