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Covid-19. Vários motéis com quebras nas reservas, outros mantêm atração

Entre Coimbra e o Porto há situações díspares nos motéis face à ameaça do novo coronavírus: alguns já começaram a sentir quebras nas reservas e menor afluência de clientes, enquanto em outros a normalidade mantém-se.

Covid-19. Vários motéis com quebras nas reservas, outros mantêm atração
Notícias ao Minuto

14:45 - 15/03/20 por Lusa

Economia Coronavírus

Em Torre de Vilela, nos arredores de Coimbra, junto ao IC2 (antiga Estrada Nacional 1), fica o motel Fonte dos Amores.

Fonte do estabelecimento disse à agência Lusa que, "até agora, não tem havido cancelamentos" das reservas e que várias pessoas telefonam a perguntar se estão abertos "e se irá fechar ou não".

A mesma fonte argumenta que num hotel, onde os hóspedes interagem com os funcionários e entre si, "é diferente de um motel".

"Aqui é tudo muito mais individual, não há qualquer tipo de interação", referiu.

Situação diferente passa-se uns quilómetros mais a norte, já no distrito de Aveiro e concelho da Mealhada: localizado à beira do IC2, fica o Príncipe Encantado, um motel que, embora tenha sistema de reservas, "funciona de porta aberta" aos clientes e a afluência tem vindo a reduzir drasticamente nos últimos dias.

"Isto está assustador, a quebra tem sido total", disse à agência Lusa Hugo Alves, gerente do Príncipe Encantado, admitindo que as medidas do Governo e autoridades de saúde face à Covid-19 penalizam duplamente os motéis, já que recomendam, por um lado, o isolamento social em casa e, por outro, a restrição de contactos íntimos.

No norte do distrito de Aveiro, situa-se o Dunas D'Ovar, um motel de qualidade superior que propõe desde suítes a moradias com piscina exterior e possui mais serviços disponíveis em relação à concorrência em redor.

Fonte do Dunas D'Ovar refere que "já se sentem" as quebras nas reservas e há mesmo clientes que "cancelaram todas" face à ameaça do coronavírus. Mas também sustenta que "ainda é cedo" para aferir do impacto no setor.

A cerca de seis quilómetros do centro do Porto, em São Mamede de Infesta, fica o Portofino, um empreendimento com 32 quartos e suítes em cinco tipologias e preços que vão dos 35 aos 300 euros por dia, dependendo do número de horas de ocupação.

Fonte do Portofino disse que as reservas se têm mantido estáveis, mesmo se se sente "uma pequena quebra". O estabelecimento dispõe de 'check in' e 'check out' automatizado, com recurso a uma máquina, modelo que, de acordo com a mesma fonte, "não implica a interação com ninguém ou o cruzamento de pessoas" nas instalações.

No município de Vila Nova de Gaia, o Silk Motel, localizado em Pedroso - e que integra um grupo com outros dois estabelecimentos do género, em Valadares (Gaia) e no concelho de Matosinhos - não está a verificar "até ao momento, nenhuma quebra" de clientes.

No entanto, a fonte ouvida pela Lusa sublinhou não ter dados sobre as reservas futuras já efetuadas, por ausência do responsável do espaço.

Em Portugal, a Ministra da Saúde, Marta Temido, declarou no sábado que se entrou "numa fase de crescimento exponencial da epidemia".

A Direção-Geral da Saúde (DGS) elevou hoje o número de casos de infeção confirmados para 245.

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