Produção de energia através de biomassa e fotovoltaica com novos máximos
A produção de eletricidade através de biomassa e a produção fotovoltaica atingiram novos máximos históricos em fevereiro, segundo dados hoje divulgados pela REN.
© Reuters
Economia REN
"Neste mês, a produção de energia através de biomassa atingiu a potência máxima mais elevada de sempre com 415 MW [Megawatts] e a produção fotovoltaica vai atingindo valores superiores à medida que novos parques vão entrando em funcionamento", refere a gestora das redes energéticas.
A potência máxima das instalações fotovoltaicas atingiu 568 MW, que passou a ser o valor máximo registado no sistema nacional, refere.
Em fevereiro, o consumo de energia elétrica registou uma subida homóloga de 0,3%.
"Corrigindo o efeito do ano bissexto, a evolução seria negativa, mas as temperaturas registadas, muito acima dos valores normais para este mês, levaram a evolução corrigida de temperatura e número de dias úteis para 1,4%. No final de fevereiro, a evolução anual situa-se em 0,6%, ou 2,1% com correção de temperatura e dias úteis", sinaliza a REN.
A REN indica também que as chuvas voltaram em fevereiro a ser reduzidas, com o índice de produtibilidade hidroelétrica a situar-se em 0,84 (média histórica igual a 1).
Na produção eólica, as condições foram particularmente negativas, registando um índice de 0,63 (média histórica igual a 1), que foi mesmo o mais baixo de sempre para o mês de fevereiro, segundo os registos REN desde 2001.
Ainda assim, a produção renovável abasteceu 66% do consumo nacional, a produção não renovável 31%, enquanto os restantes 3% foram abastecidos com recurso a energia importada.
No acumulado do ano, o índice de produtibilidade hidroelétrica situou-se em 0,92 (média histórica igual a 1), enquanto o de produtibilidade eólica registou 0,81 (média histórica igual a 1).
"Neste período, a produção renovável abasteceu 67% do consumo, repartida pela hidroelétrica, com 38%, eólica, com 23%, biomassa, com 5,7%, e fotovoltaica, com 1,6%. A produção não renovável abasteceu 33% do consumo, com o gás natural a assegurar 31%, enquanto o carvão se mantém com uma utilização residual", indica.
O saldo para os dois primeiros meses do ano foi exportador, equivalendo a cerca de 4% do consumo nacional.
O consumo nacional de gás natural avançou 15,1%, em fevereiro, impulsionado pelo segmento do mercado de energia elétrica, que cresceu 87% devido à competitividade da produção a gás natural face à produção a carvão.
Em sentido contrário e apesar do ano bissexto, segundo os dados da REN, o segmento convencional registou uma quebra homóloga de 4,1% afetado pelas temperaturas acima dos valores médios que se fizeram sentir.
No conjunto dos dois primeiros meses do ano, o consumo de gás natural regista um aumento de 16,5%, resultado de um crescimento de 73% no mercado elétrico e de uma contração de 1,8% no mercado convencional.
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