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Nova direção da Antram quer aumentar competitividade das transportadoras

O novo presidente da Antram, que hoje toma posse, destaca o aumento da competitividade das transportadoras portuguesas na Europa e os ajustamentos ao novo contrato coletivo de trabalho para o setor como desafios para o triénio 2020/2022.

Nova direção da Antram quer aumentar competitividade das transportadoras
Notícias ao Minuto

18:05 - 22/01/20 por Lusa

Economia ANTRAM

Em declarações à agência Lusa, Pedro Polónio, que substitui Gustavo Paulo Duarte na presidência da Associação Nacional de Transportadores Públicos Rodoviários de Mercadorias (Antram), disse que o objetivo da nova direção é dar continuidade ao trabalho que a associação tem vindo a desenvolver nos últimos seis anos, porém existem questões em que "há muito trabalho a fazer", como por exemplo a negociação do Mobility Package a nível europeu e a repercussão dos custos com os aumentos salariais dos motoristas para os clientes.

"O Mobility Package é um processo negocial, que irá culminar em legislação nova, que vai alterar profundamente [o setor]. Fala-se mesmo da maior alteração dos regimes legais do transporte de mercadorias", assinalou Pedro Polónio.

O papel da Antram neste processo legislativo é, explicou, o de contribuir para que "o mesmo fique o mais detalhado possível para aquelas que são as necessidades das empresas de transporte portuguesas", aumentando a sua competitividade a nível europeu.

"O serviço de transporte internacional tem um problema, com os novos custos salariais, de ser competitivo, porque de facto um transporte da Alemanha para Espanha feito por um português tem um preço e se for feito por um lituano ou, por exemplo, um romeno, de facto eles conseguem ser mais competitivos", acrescentou.

Pedro Polónio apontou ainda a necessidade de se fazer "algum esforço em Portugal" junto dos clientes das empresas de transporte de mercadorias, para que consigam repercutir os custos com os aumentos salariais previstos no novo contrato coletivo de trabalho para o setor, que entrou em vigor no início deste ano.

"Estamos num momento de alguma tensão com algumas outras associações empresariais, porque os transportadores estão a tentar fazer valer um pouco mais as suas necessidades", admitiu o presidente da Antram.

A associação patronal e os sindicatos do setor renegociaram um contrato coletivo de trabalho "que esteve bloqueado 21 anos" em 2018 e, depois de duas greves de motoristas de mercadorias em 2019, as partes chegaram a um novo acordo, o que, tudo somado, representou para as empresas "incrementos acima de 500 euros com os custos salariais".

"Para que consigamos continuar a pagar os salários, os clientes também têm de nos dar uma ajuda, porque senão não tenho dúvidas que há empresas que vão ter dificuldades, há empresas que poderão vir a enfrentar processos muito complexos e, se calhar, algum emprego irá perder-se e isso será algo a evitar a todo o custo", reiterou o responsável.

Pedro Polónio apontou ainda a necessidade de mais regulação e fiscalização no setor, que atua num mercado que classificou de "impiedoso".

"Queremos que seja cada vez mais um setor com uma aceitação social generalizada, reconhecido pelos méritos e não pelas coisas menos corretas. Esse é um ponto muito importante para nós".

No que diz respeito às relações com os representantes dos trabalhadores, Pedro Polónio defendeu que "há 25 anos que não existia uma tão normalidade nas relações entre a Antram e o maior sindicato do setor", a Federação dos Sindicatos de Transportes e Comunicações (Fectrans).

"De facto nós temos muito boas relações, mas também não deixa de ser verdade que apareceram novos movimentos sindicais, de origem mais inorgânica, digamos assim, que de facto vieram dar uma imagem pública diferente daquela que, na verdade, é o sentimento que graça no setor", afirmou.

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