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Investimento em projetos de inovação e tecnologia mais que duplicou

O investimento na área da inovação e tecnologia (I&DT) mais que duplicou em 2019, para 177 milhões de euros, tratando-se de "projetos altamente competitivos" e "perenes", disse à Lusa o presidente da AICEP.

Investimento em projetos de inovação e tecnologia mais que duplicou
Notícias ao Minuto

09:27 - 18/01/20 por Lusa

Economia AICEP

A Agência para o Investimento e Comércio Externo de Portugal (AICEP) registou um novo recorde em 2019, ao atingir 1.172 milhões de euros de investimento contratualizado (1.159 milhões de euros em 2018).

Os projetos de I&DT atingiram os 177 milhões de euros no ano passado, o que compara com 75,9 milhões de euros em 2018.

O presidente da AICEP, Luís Castro Henriques, destacou, em declarações à Lusa, "o montante de investimento de investigação e desenvolvimento, que mais que dobrou de um ano para outro".

Mas "em relação à média do QREN, cresceu mais de cinco vezes", salientou o responsável, que apontou três razões para a relevância destes dados.

"O primeiro é que todos estes projetos são altamente competitivos, a maior parte daquelas empresas, sobretudo as multinacionais, que representam 70% da procura nesta linha [QREN] são projetos que podiam fazer-se em qualquer ponto do mundo, qualquer outra geografia", referiu Luís Castro Henriques.

Depois, a escolha de Portugal para projetos desta natureza "é algo muito importante e valida a tese do talento" português, acrescentou.

Por último, "um terceiro aspeto particularmente relevante é que se há algo que é muito perene num país são os centros de 'know-how' [conhecimento]", pelo que "estamos provavelmente a lançar a semente ou a investir em algo que terá um período de vida em Portugal de muitas décadas".

Para Luís Castro Henriques, isto representa "uma grande vitória para o país".

"Alguém há 10 anos acharia que Portugal seria competitivo para este género de projetos", questionou o presidente da agência responsável pela captação de investimento estrangeiro, que sublinhou que o país se transformou "imenso" nos últimos anos.

E isso significa que Portugal está preparado para a transição digital? Para Luís Castro Henriques, o país está preparado "para a transição digital e para outras coisas".

Nestes projetos "temos desde condução autónoma, projetos na área farmacêutica, desenvolvimento de 'software' para as melhores empresas do mundo... portanto, diria que além da digital, para muitas transições em outras áreas e setores também", sublinhou.

O ano passado foi "mais um recorde de investimento", mas também um desafio para a AICEP - que já tinha estabelecido recorde em 2018 -, perante "o aumento da incerteza global" que levou, e ainda leva, a que muitas empresas tenham de reponderar os seus planos de investimento, disse.

"Em 2019 sentimos muitos solavancos com isso, muita empresa a reponderar. Foi um grande recorde, mas reconheço que foi um ano em que foi preciso 'nadar mais umas piscinas'", afirmou Luís Castro Henriques.

O presidente da AICEP destacou que os fatores de diferenciação de Portugal para os investidores são a "competitividade", onde se inclui "o talento qualificado que fala várias línguas que é cosmopolita e aberto ao mundo" e a "estabilidade", duas vantagens que o país "tem de continuar a capitalizar a seu favor".

No âmbito dos 64 projetos de investimento contratualizado em 2019, que vão gerar 7.245 postos de trabalho (4.330 em 2018), o presidente da AICEP apontou a diversificação geográfica e setorial.

A Alemanha teve o maior número de projetos de investimento (12), seguida da França (11) e de Espanha (oito), de acordo com a AICEP, e a sua origem vai desde a Europa, ao Médio Oriente e América do Norte.

"O que é muito interessante é ver a diversificação crescente", afirmou Luís Castro Henriques, apontando os três projetos dos Estados Unidos e dois do Reino Unido, que "são países que não fizeram investimento relevante" em Portugal na última década.

"Temos uma diversificação relevante que se mantém" e isso "é bom para Portugal porque, quanto mais diversificada for a balança comercial" portuguesa, "maior estabilidade e sustentabilidade tem", defendeu, acrescentando que "são tudo projetos de natureza exportadora".

Por setores, em 2019, o turismo assumiu o primeiro lugar, relegando a indústria automóvel e componentes para segundo lugar, seguida da indústria transformadora, agroalimentar, farmacêutica e aeronáutica.

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