"Projeto estrutural" compensa perda de empregos prevista na energia

A perda de postos de trabalho que poderá resultar do encerramento das centrais térmicas de Sines e do Pego e da venda de seis hídricas no norte do país poderá ser compensada por "um projeto estrutural", revelou a Fiequimetal.

Bloco questiona sobre futuro dos trabalhadores da central de Sines

© Divulgação/ visit.stis

Lusa
15/01/2020 21:00 ‧ 15/01/2020 por Lusa

Economia

Fiequimetal

Em declarações à agência Lusa, Joaquim Gervásio, responsável pelo setor da energia da Fiequimetal (Federação Intersindical das Indústrias Metalúrgicas, Químicas, Elétricas, Farmacêutica, Celulose, Papel, Gráfica, Imprensa, Energia e Minas), deu conta das conclusões de uma reunião hoje entre a estrutura e o secretário de Estado Adjunto e da Energia, João Galamba, sobre as potenciais perdas de emprego com as alterações previstas para o setor.

"Expusemos as nossas preocupações e recebemos algumas garantias de que o Governo está a trabalhar ativamente em projetos que nós já andamos a reivindicar, de alternativa, tanto para a produção como para os postos de trabalho", adiantou Joaquim Gervásio

"São projetos que o Governo acredita que vão gerar mais postos de trabalho do que os que existem nas centrais que podem vir a ser afetadas com estas ações e, portanto, deixou-nos um pouco mais descansados, mas vigilantes do desenvolvimento destes projetos", detalhou o dirigente.

Segundo Joaquim Gervásio, o secretário de Estado apontou, na mesma reunião, que estes empreendimentos seriam no setor do hidrogénio, sem mais detalhes.

Os projetos em desenvolvimento serão "estruturais e transversais a várias áreas da economia", indicou o sindicalista.

No dia 26 de outubro de 2019, o primeiro-ministro, António Costa, anunciou que o Governo está preparado para encerrar a central termoelétrica do Pego no final de 2021 e fazer cessar a produção da central de Sines em setembro de 2023.

De acordo com Joaquim Gervásio, em causa estão perto de 300 trabalhadores no Pego e quase 400 em Sines, entre funcionários afetos à central e aos empreiteiros que prestam serviços às estruturas.

Além disso, a Fiequimetal está preocupada com os 52 postos de trabalho afetados pela venda, por parte da EDP, de seis barragens em Portugal a um consórcio de investidores.

Em causa, estão três centrais de fio de água, em Miranda, Bemposta e Picote, com 1,2 gigawatts (GW) de capacidade instalada, e três centrais de albufeira com bombagem, em Foz Tua, Baixo Sabor e Feiticeiro, com 0,5 GW de capacidade.

"Estamos preocupados, principalmente, com os postos de trabalho envolvidos. Mas o Governo garantiu que não vai deixar que isso venha a afetar os postos de trabalho que existem", referiu o dirigente sindical.

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