"Projeto estrutural" compensa perda de empregos prevista na energia
A perda de postos de trabalho que poderá resultar do encerramento das centrais térmicas de Sines e do Pego e da venda de seis hídricas no norte do país poderá ser compensada por "um projeto estrutural", revelou a Fiequimetal.
© Divulgação/ visit.stis
Economia Fiequimetal
Em declarações à agência Lusa, Joaquim Gervásio, responsável pelo setor da energia da Fiequimetal (Federação Intersindical das Indústrias Metalúrgicas, Químicas, Elétricas, Farmacêutica, Celulose, Papel, Gráfica, Imprensa, Energia e Minas), deu conta das conclusões de uma reunião hoje entre a estrutura e o secretário de Estado Adjunto e da Energia, João Galamba, sobre as potenciais perdas de emprego com as alterações previstas para o setor.
"Expusemos as nossas preocupações e recebemos algumas garantias de que o Governo está a trabalhar ativamente em projetos que nós já andamos a reivindicar, de alternativa, tanto para a produção como para os postos de trabalho", adiantou Joaquim Gervásio
"São projetos que o Governo acredita que vão gerar mais postos de trabalho do que os que existem nas centrais que podem vir a ser afetadas com estas ações e, portanto, deixou-nos um pouco mais descansados, mas vigilantes do desenvolvimento destes projetos", detalhou o dirigente.
Segundo Joaquim Gervásio, o secretário de Estado apontou, na mesma reunião, que estes empreendimentos seriam no setor do hidrogénio, sem mais detalhes.
Os projetos em desenvolvimento serão "estruturais e transversais a várias áreas da economia", indicou o sindicalista.
No dia 26 de outubro de 2019, o primeiro-ministro, António Costa, anunciou que o Governo está preparado para encerrar a central termoelétrica do Pego no final de 2021 e fazer cessar a produção da central de Sines em setembro de 2023.
De acordo com Joaquim Gervásio, em causa estão perto de 300 trabalhadores no Pego e quase 400 em Sines, entre funcionários afetos à central e aos empreiteiros que prestam serviços às estruturas.
Além disso, a Fiequimetal está preocupada com os 52 postos de trabalho afetados pela venda, por parte da EDP, de seis barragens em Portugal a um consórcio de investidores.
Em causa, estão três centrais de fio de água, em Miranda, Bemposta e Picote, com 1,2 gigawatts (GW) de capacidade instalada, e três centrais de albufeira com bombagem, em Foz Tua, Baixo Sabor e Feiticeiro, com 0,5 GW de capacidade.
"Estamos preocupados, principalmente, com os postos de trabalho envolvidos. Mas o Governo garantiu que não vai deixar que isso venha a afetar os postos de trabalho que existem", referiu o dirigente sindical.
Descarregue a nossa App gratuita.
Oitavo ano consecutivo Escolha do Consumidor para Imprensa Online e eleito o produto do ano 2024.
* Estudo da e Netsonda, nov. e dez. 2023 produtodoano- pt.com