Demissão do presidente da Boeing empurra Wall Street para níveis recorde

Os principais índices de Wall Street fecharam hoje em níveis inéditos, graças a uma subida acentuada das ações da Boeing, cujo presidente executivo anunciou a demissão, bem como pelo otimismo entre os investidores quanto a um acordo sino-norte-americano.

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© Getty Images

Lusa
23/12/2019 23:59 ‧ 23/12/2019 por Lusa

Economia

Boeing

Os resultados definitivos da sessão indicam que o Dow Jones Industrial Average ganhou 0,34%, para os 28.551,53 pontos.

Apesar de mais fracos, os avanços do tecnológico Nasdaq, de 0,23%, para as 8.945,65 unidades, e do alargado S&P500, em 0,09%, para os 3.224,01 pontos, também permitiram o alcance de níveis nunca alcançados.

A forte progressão da ação da Boeing (2,91%), subsequente ao anúncio da demissão do seu presidente, Dennis Muilenburg, sustentou a subida dos índices, designadamente do Dow Jones.

Em dificuldades desde há meses, devido à crise do aparelho 737 MAX, Muilenburg foi obrigado a abandonar o construtor aeronáutico, onde vai ter substituído, a partir de 12 de janeiro, por David Calhoun, que dirige atualmente o conselho de administração.

Dois acidentes daquele aparelho, em menos de cinco meses, mergulharam a Boeing na mais grave crise da sua história.

Por outro lado, os atores do mercado acolheram bem a decisão d Pequim de reduzir uma série de tarifas aduaneiras aplicadas a mais de 850 produtos alimentares a partir de 01 de janeiro e a cerca de 500 produtos tecnológicos a partir de 01 de julho.

Estes anúncios envolvem todos os parceiros comerciais de Pequim e não parecem ligados diretamente ao diferendo em curso com os EUA, mesmo que alguns produtos na lista, como sumo de laranja e os abacates, possam interessar particularmente aos produtores norte-americanos.

O Presidente dos EUA, Donald Trump, anunciou, por seu lado, na sexta-feira, um "avanço" nas negociações sobre um acordo preliminar com a China, que deve ser assinado "muito em breve".

Para Peter Cardillo, da Spartan Capital Securities, estes desenvolvimentos são "um passo em frente para um acordo comercial, que pode reduzir o impacto da guerra comercial no crescimento económico mundial".

Na frente dos indicadores económicos, as encomendas de bens duradouros em novembro desceram 02%, para os 242,6 mil milhões de dólares, caindo para o mínimo de seis meses, segundo os dados publicados pelo Departamento do Comércio. Os analistas aguardavam, pelo contrário, uma subida de 1,4%.

Já as vendas de casas novas nos EUA progrediram por sua vez 1,3% em novembro, com 719 mil transações realizadas, menos do que as 735 mil aguardadas pelos analistas de mercado.

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