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Moçambique. Patrões temem risco para ambiente de negócios em 2020

O presidente da Confederação das Associações Económicas (CTA) de Moçambique, maior associação patronal do país, considerou hoje os ataques armados no Norte e Centro do país são um risco para o ambiente de negócios e perspetivas económicas de 2020.

Moçambique. Patrões temem risco para ambiente de negócios em 2020

© Reuters

Lusa
11/12/2019 23:30 ‧ há 5 anos por Lusa

Economia

Moçambique

"Estas são situações que, a continuar, constituem um verdadeiro risco para as perspetivas que se traçam para 2020", disse Agostinho Vuma, presidente da CTA, numa sessão de balanço de 2019 e antevisão do próximo ano.

A título de exemplo, Vuma referiu que "nos últimos três meses, os transportadores de mercadorias e passageiros têm operado de forma retraída", em especial nos troços da zona Centro da estrada nacional 1 (EN1), principal via do país.

"Neste período, foram registados cerca de 15 ataques, tendo 11 sido direcionados a transportadores de passageiros, resultando em mortes e feridos, além do pânico que esta onda de violência origina", referiu.

Como consequência, há menos passageiros, regista-se "uma diminuição do fluxo de negócio dos transportadores de carga, resultando em graves prejuízos económicos e num deficiente abastecimento em produtos básicos aos mercados do Centro do país que dependem, maioritariamente, de mercadorias do Sul".

A situação prevalecente em Cabo Delgado, onde a violência acontece próximo das obras dos megaprojetos de gás natural, "é outra ameaça, não apenas à estabilidade do país mas, também, ao ambiente de negócios", acrescentou.

"Apelamos ao Governo", particularmente "ao Presidente da República, a usar de toda a sua capacidade para solucionar estes focos de violência que afetam o país, no seu todo, e o mundo de negócios, em particular", concluiu.

A violência armada em Cabo Delgado dura há dois anos e eclodiu em comunidades muçulmanas aparentemente radicalizadas, após atritos entre dirigentes islâmico locais.

Estima-se que pelo menos 300 pessoas já tenham morrido e que 60.000 habitantes tenham sido de alguma forma afetados.

No Centro do país, as armas voltaram a ecoar numa zona onde permanecem entrincheirados guerrilheiros da Resistência Nacional Moçambicana (Renamo), que contestam o acordo de paz que o partido assinou com o Governo em agosto.

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