De acordo com um documento hoje apresentado no XII Congresso da União dos Sindicatos de Lisboa (USL), da CGTP, por "detrás do valor médio remuneratório no distrito de Lisboa escondem-se várias desigualdades".
Citando dados do Inquérito ao Emprego e dos Quadros de Pessoal, a USL salienta que a remuneração média mensal no distrito de Lisboa é de 1.171,9 euros.
"No entanto, por trás deste valor médio estão remunerações muito desiguais que variam em função de diferentes fatores como são o sexo, a idade, os setores de actividade, o tipo de contrato ou os concelhos", diz o documento sindical.
A mesma análise lembra que, no seguimento da crise e dos anos de intervenção da troika, o distrito de Lisboa teve um pico no número de insolvências, com 1.028 processos em 2015, número que desceu para 496 em 2018.
A maioria das empresas que iniciaram processos de insolvência em 2018 pertenciam à indústria transformadora (22,3%), seguidas do setor retalhista (15,6%) e dos serviços (15,5%).
O documento apresentado no congresso da USL refere ainda que, face a 2015, o número de empresas com processos de despedimentos coletivos no distrito de Lisboa diminuiu de 244 para 152, o que corresponde a uma quebra de 37,7%.
No mesmo período, o número de trabalhadores alvo de despedimento coletivo diminuiu de 2.737 trabalhadores para 1.995, o que corresponde a uma quebra de 27,1%.
Citando dados da DGERT, mais de metade dos despedimentos coletivos realizados no país entre 2015 e 2018 (64,2%) foram em empresas do distrito de Lisboa.