Isabel Ferreira, que participou esta tarde no evento anual do Interreg Espaço Atlântico, frisou que este programa "potencia as sinergias específicas [dos cinco países que partilham este oceano] criando um desenvolvimento harmonioso do espaço Atlântico".
"Não se espera outro cenário que não seja o reforço contínuo e concertado do Interreg Espaço Atlântico considerando a sua importância como instrumento integrado das nossas regiões, do país como um todo e da Europa", referiu a governante, acrescentando que o Interreg Espaço Atlântico está "totalmente alinhado com as missões da economia azul".
O Interreg Espaço Atlântico é um programa que impulsiona a cooperação territorial europeia há 30 anos, tendo como objetivo a melhoria de competências e a capacitação das regiões envolvidas em países como Portugal, Espanha, França e Irlanda.
Hoje, no Centro de Congressos da Alfândega do Porto, decorre o evento anual do Interreg Espaço Atlântico, um espaço que serve, descreve nota sobre a iniciativa, para dar a conhecer os projetos apoiados, mostrando o contributo destes para "o crescimento sustentável e coeso da região Atlântica, assim como o valor acrescentado das parcerias transnacionais na identificação de desafios e oportunidades comuns, trazendo benefícios aos cidadãos e atores sociais e económicos desta região".
A secretária de Estado da Valorização do Interior considerou que este programa tem dado "um contributo essencial para política de coesão da União Europeia", focando-se, disse, "em matérias importantes como meio ambiente, energia, transferência de conhecimento e estratégia atlântica".
"Temos um forte compromisso com os parceiros do programa. E temos apostas nas áreas da inovação e competitividade, eficiência de recursos, gestão de riscos territoriais, biodiversidade, o património natural e cultural. Todas as dimensões da cooperação são de extrema importância para a coesão territorial", referiu a governante.
Já sobre os objetivos da Secretaria de Estado que agora lidera, Isabel Ferreira apontou que os desafios atuais "são muito claros" e passam pela "luta contra as alterações climáticas, o desafio demográfico, a criação de emprego, o combate às igualdades e a implementação de uma sociedade digital do futuro".
"E as iniciativas da coesão territorial e, em particular da valorização do interior, são transversais a todos estes desafios, mas com especial enfoque no combate às desigualdades. Tornarmos o nosso país mais coeso, mais homogéneo e mais equilibrado, tem de ser uma prioridade coletiva e de todas as regiões. Temos de reposicionar o interior como um espaço atrativo para o investimento, para as empresas, para a inovação e para as famílias", disse a governante.
Para alcançar esses objetivos, Isabel Ferreira apontou que Portugal está a criar "políticas ativas de emprego e políticas de estímulo ao investimento", mas sem esquecer uma aposta na "redução de entraves como os custos de contexto" ou a "divulgação do potencial dos territórios através de uma mudança de perspetiva", a de "olhar para o interior como um território cheio de oportunidades e com enorme margem de progressão".
"Temos de valorizar o nosso potencial e promover o que é nosso. Temos empresas de vanguarda no país, e também no interior, e temos de apoiar a evolução dessas empresas para que contratem jovens mais qualificados e construírem laços mais fortes com instituições de ensino superior e centros de investigação", frisou.
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