Turismo e imobiliário perdem terreno na constituição de novas empresas

Os setores do turismo e imobiliário perderam peso na criação de novas empresas em Portugal até outubro, dando lugar a atividades como os transportes e construção, de acordo com um barómetro da consultora Informa D&B.

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© Reuters

Lusa
11/11/2019 15:47 ‧ 11/11/2019 por Lusa

Economia

Informa D&B

 

"O tecido empresarial está a caminho de um novo recorde anual de criação de empresas, mas os setores mais dinâmicos estão a mudar", adiantou a empresa, numa nota hoje divulgada.

"Enquanto nos anos recentes os setores das atividades imobiliárias e do alojamento e restauração (sobretudo o subsetor do alojamento de curta duração) apresentaram grandes crescimentos na constituição de novas empresas, em 2019 são os setores dos transportes e da construção que mostram maiores crescimentos neste indicador", destacou a Informa.

Ainda assim, entre 01 de janeiro e 31 de outubro deste ano já foram constituídas 41.852 novas empresas globalmente, ou seja, 3.700 mais do que no mesmo período de 2018, o que representa um crescimento homólogo de 9,8%, de acordo com o comunicado.

A Informa D&B indicou, por outro lado, que "os setores onde a constituição de empresas não cresce face ao período homólogo devem essa quebra à menor quantidade de novas empresas ligadas ao turismo, uma tendência que se tem consolidado a partir do 2º semestre de 2019".

Em termos homólogos, o alojamento e restauração apresentam "um recuo de 1% em novas empresas. Este decréscimo é consequência do subsetor do alojamento de curta duração, que até final de outubro deste ano regista menos 148 empresas que em igual período de 2018 (menos 15,4%)", detalhou a consultora.

Já no caso das atividades imobiliárias, registou-se uma quebra de 3%. "Apesar de ser um recuo pouco significativo, é de assinalar uma quebra de novas empresas deste setor na região de Lisboa de quase 10%, que passaram de 1.726 em 2018 para 1.570 em 2019", segundo a mesma nota.

Também no setor dos serviços, as empresas ligadas ao turismo reduziram o seu dinamismo. "Na sua globalidade, o setor regista uma quebra na constituição de novas empresas que é totalmente da responsabilidade do subsetor dos serviços turísticos que este ano viu nascer menos de metade das empresas que foram criadas em 2018 (passaram de 1375 para 661)", destacou a Informa D&B.

Com exceção destes setores, todos os outros registaram este ano um maior número de nascimento de empresas.

Na linha da frente desta tendência estão os transportes e construção, segundo a Informa D&B. "Nos transportes, até 31 de outubro nasceram 3.672 empresas, mais 1.954 que em igual período de 2018, equivalente a um crescimento de 113,7%. Na construção, nasceram este ano mais 1.057 empresas que no ano passado, um crescimento de 29,4%", de acordo com os dados compilados pela consultora.

O organismo avançou também que todos os setores apresentaram menos encerramentos do que no ano passado, com exceção da agricultura e outros recursos naturais.

Por outro lado, "os novos processos de insolvência registam uma quebra de 8,2%, uma tendência que vem já desde 2013, mas que é agora menos acentuada", lê-se no barómetro.

"Entre os setores mais representativos [nas insolvências], as indústrias destacam-se pela negativa, com uma subida de 16,7%" que se deve sobretudo aos subsetores têxtil e moda (267 novas insolvências, mais 75 casos) e metalurgia (59 novas insolvências, mais 17 casos), revelou a consultora.

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