"Os dados mais recentes sobre absentismo na Administração Pública remetem para uma taxa média de 7% por serviço, calculada com base na amostragem dos balanços sociais disponíveis em 2018", afirmou fonte do Ministério liderado por Alexandra Leitão.
Em entrevista ao jornal Público no início do mês, a ministra considerou que existe uma "taxa de absentismo muito elevada" na administração pública e que, no âmbito de um acordo plurianual com os sindicatos, irá analisar "incentivos à assiduidade", entre outras matérias.
Questionada pela Lusa sobre que medidas estarão em causa, fonte oficial começou por sublinhar que o Governo "está empenhado em valorizar os trabalhadores da Administração Pública de acordo com as suas qualificações e através do reconhecimento do mérito de cada um".
"Nesse sentido, está prevista a avaliação dos serviços com distinção de mérito associada aos melhores níveis de desempenho e mecanismos que permitam refletir essa avaliação em benefícios para os respetivos trabalhadores", especificou o ministério.
Segundo a mesma fonte, "é neste contexto que a questão da assiduidade deve ser enquadrada, tal como a aposta na elevação dos níveis de motivação dos trabalhadores, através de incentivos à eficiência e à inovação, e em medidas que facilitem a conciliação entre a vida profissional e familiar, nomeadamente com recurso ao teletrabalho".
De acordo com o ministério, "a definição de medidas de incentivo deverá ter por base um levantamento prévio e mais aprofundado sobre as entidades e serviços do Estado, através da centralização no Sistema de Informação da Organização do Estado (SIOE+) de todos os dados relativos à caracterização do setor público e dos seus recursos humanos, processo já em fase de implementação".