Capital do Banco Africano de Desenvolvimento sobe para 208 mil milhões
O presidente do Banco Africano de Desenvolvimento (BAD), Akinwumi Adesina, anunciou hoje, em Abidjan, que foi aprovado um aumento de 125% do capital do banco, elevando o valor para 208 mil milhões de dólares (186,6 mil milhões de euros).
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Economia Banco Africano de Desenvolvimento
"Hoje é um dia histórico para o BAD e para África", disse Akinwumi Adesina, na conferência de imprensa que encerra a quinta reunião extraordinária dos acionistas desde que o processo de aumento de capital começou em Busan, Coreia do Sul, há dois anos.
O banqueiro anunciou que "os acionistas aprovaram o maior aumento de capital desde o estabelecimento do banco, em 1964, com um aumento de 125% do capital social, o que significa que o capital geral vai mais do que duplicar, passando de 93 mil milhões de dólares para 208 mil milhões de dólares".
Adesina disse que este aumento de capital, a concretizar em dez anos, "vai permitir ao BAD manter o 'rating' de triplo A, vai permitir que continue a ser o banco de escolha para o povo de África, porque terá mais recursos que nunca, e permite atingir ainda mais resultados do que antes".
Este fortalecimento financeiro "não é só uma questão para os banqueiros, mas sim para as pessoas, para os africanos", vincou o presidente do BAD, elencando que, com mais recursos ao seu dispor, será possível potenciar o desenvolvimento económico africano.
"Vai ser possível que 105 milhões de pessoas fiquem ligadas à eletricidade, que seja providenciado novas tecnologias agrícolas a 244 milhões de pessoas, permite que 15 milhões de africanos beneficiem de financiamento relacionado com o clima, que 252 milhões vejam o acesso a transportes melhorados, e que 128 milhões de africanos tenham acesso a água e saneamento básico", vincou Akinwumi Adesina.
Com este aumento, concluiu, "os acionistas mostraram que têm uma tremenda fé e confiança em África e no futuro de África".
O aumento de capital, cujas contribuições serão recebidas nos próximos dez anos, é feito em volume de Unidades de Conta (UA), que funcionam na mesma lógica dos Direitos Especiais de Saque usados pelo Fundo Monetário Internacional, e cujo valor final varia não só consoante a cotação das outras moedas, como também qual o período em que o câmbio é feito.
*** A Lusa viajou a convite do Banco Africano de Desenvolvimento *
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