Hong Kong entrou em recessão técnica pela primeira vez nesta década, numa altura em que a antiga colónia britânica enfrenta a maior crise política desde a transferência de soberania do Reino Unido para China, em 1997, devido aos protesto pró-democracia que se verificam há mais de quatro meses, com manifestações e ações quase diárias exigindo reformas democráticas e denunciando a crescente influência de Pequim nos assuntos da cidade.
Este clima de instabilidade política e social está a minar a reputação de estabilidade e segurança de Hong Kong e está a repercutir-se na indústria do turismo, do comércio e na do entretenimento.
Os dois trimestres consecutivos de queda do PIB significam que o território está em recessão técnica, pela primeira vez desde 2009, quando a economia da cidade se retraiu devido ao impacto da crise financeira global.
Mesmo antes do início dos protestos em junho, a cidade foi atingida pelas repercussões da guerra comercial EUA-China, já que a economia de Hong Kong subiu apenas 0,6% no primeiro trimestre do ano.
Na semana passada, o secretário para as Finanças de Hong Kong, Paul Chan, alertou que era "muito provável" que a cidade terminasse o ano em recessão.
Leia Também: China apoia decisão de Hong Kong de excluir Joshua Wong das eleições