CGD revê em alta lucros do 1.º semestre após venda de banco em Espanha
A Caixa Geral de Depósitos (CGD) registou lucros de 417,5 milhões de euros no primeiro semestre de 2019, valor que traduz uma revisão em alta face ao inicialmente reportado, devido à venda do Banco Caixa Geral ao Abanca.
© Reuters
Economia CGD
"O resultado líquido consolidado atingiu no primeiro semestre os 417,5 milhões de euros", refere o relatório e contas hoje enviado à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM).
Em setembro, o Banco Central Europeu (BCE) declarou a sua não posição ao processo de alienação ao Abanca de 99,79% do capital do Banco Caixa Geral, em Espanha. Na informação hoje enviada à CMVM, o banco liderado por Paulo Macedo refere que "as contas referentes ao período findo em 30 de junho de 2019 foram alteradas face à sua divulgação inicial para acomodar os efeitos desta decisão".
O documento precisa que "o impacto na valorização desta participação com referência a 30 de junho de 2019 foi positivo em 135 milhões de euros no resultado líquido consolidado do período e nos capitais próprios consolidados da CGD", tendo em conta o ajustamento, ao valor da venda, das imparidades registadas nas contas da CGD no final de 2017.
"Ao nível das contas esperadas, o impacto desta operação de venda da subsidiária espanhola ao Abanca foi positivo em 157 milhões de euros no resultado líquido do período em causa", acrescenta a mesma informação.
Quando, no final de julho, a CGD apresentou resultados, reportou então lucros de 282,5 milhões de euros.
O resultado líquido de 417,5 milhões de euros registado no primeiro semestre de 2019 reflete, assim, um crescimento de 115,1% (mais 223,4 milhões de euros) face ao semestre homólogo de 2018.
O documento indica ainda que a declaração de não oposição por parte do BCE conclui o processo de aprovação, por parte das autoridades competentes, do processo de venda daquela subsidiária da CGD em Espanha, esperando-se que o processo de alienação fique concluído durante o próximo mês de outubro.
No reporte de contas à CMVM, o banco presidido por Paulo Macedo refere também que para os resultados alcançados "foi significativo o impacto da dinâmica comercial sentida" nestes primeiros seis meses do ano, nomeadamente ao nível doméstico das novas operações de crédito à habitação e das carteiras de crédito às Pequenas e Médias Empresas (PME) e 'performing'.
Entre janeiro e junho de 2019, o crédito à habitação registou um aumento de 36% face ao mesmo período de 2018 (mais 257 milhões de euros), enquanto a carteira de crédito a PME cresceu 2,4%, fazendo a produção atingir 1,2 mil milhões de euros.
Por seu lado, a carteira de crédito 'performing', excluindo setor púbico, cresceu 638 milhões de euros no semestre.
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