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CGD lança 'app' para fazer pagamentos usando contas de vários bancos

A CGD investiu um milhão de euros numa 'app' que permite aos seus clientes a gestão de contas que têm em vários bancos, estando previsto que faça pagamentos e seja aberta a clientes de outros bancos até final do ano.

CGD lança 'app' para fazer pagamentos usando contas de vários bancos
Notícias ao Minuto

13:47 - 24/09/19 por Lusa

Economia CGD

Esta 'app', designada Dabox e criada no âmbito das novas regras europeias de serviços de pagamento (que permite o 'open banking'), foi hoje apresentada pela administradora da Caixa Geral de Depósitos (CGD) Maria João Carioca, no Cinema Ideal, em Lisboa.

Em resposta aos jornalistas, a administradora indicou que nestes seis meses de preparação da 'app' foram gastos 600 mil euros e que mais 500 mil euros serão investidos até final do ano.

A aplicação está preparada para chegar aos atuais 1,6 milhões de clientes frequentes da 'app' Caixa Direta (do total de 4 milhões de clientes do banco público) e é gratuita, acrescentou.

Questionada sobre se será mantida a gratuitidade de um serviço que tem custos para o banco, Maria João Carioca afirmou que o banco público está "disponível" para ter sem custos esta versão básica, e, à medida que forem acrescentados serviços, serão avaliados os custos e o preço que fará sentido cobrar por esses serviços.

"Queremos continuar a ser o maior banco português, em que os portugueses têm confiança e usamos a Dabox para estarmos em modo de 'open banking'. Isto é uma oportunidade, se estivermos a ajudar os portugueses a gerir a sua vida financeira aprendemos a ser úteis e o posicionamento [da CGD] é fazer o caminho para a frente. Os portugueses deram-nos capital, não é só para gerir para trás, é gerir para a frente", afirmou a administradora do banco público, vincando que a evolução da ferramenta e dos seus custos será avaliada em função do seu uso.

Numa primeira fase, em outubro, a 'app' permitirá fazer pagamentos (transferências, pagamento de serviços, compras, ordens de débito direto) e até final do ano será aberta a clientes de outros bancos.

"Está preparada para ser aberta a bancos de todo o sistema, temos conversado com o regulador sobre o modo como faremos isso, para ter os mesmo níveis de segurança, de confiança", afirmou a administradora.

A versão básica da 'app' permite ao cliente agregar contas à ordem dos principais bancos a operar e Portugal (ainda não está aberta a bancos que operam no estrangeiro), tendo uma visão integrada do seu património e das despesas e rendimentos.

A Dabox permite categorizar gastos (casa, carro e combustível, restaurantes, roupa e acessórios, entre outros), criar orçamentos para cada tipo de despesa e definir objetivos de poupança.

Podem ser ainda adicionadas contas bancárias cujo cliente tenha em conjunto com outra pessoa, como o cônjuge, e até definir que proporção de despesas e rendimentos dessa conta são contabilizados no seu património financeiro.

Envia ainda aos clientes resumos mensais e semanais dos gastos, incluindo da maior compra da semana e do mês.

A CGD, que tem um plano de tranformação digital avaliado em 50 milhões de euros para um período de três anos, disse hoje que com esta ferramenta, resultado de uma parceria com a 'fintech' sueca Tink, quer ser pioneira no 'open banking' em Portugal.

O 'open banking' é uma alteração da forma como são prestados serviços bancários, recorrendo à tecnologia, regulado pela diretiva de serviços de pagamento eletrónicos PSD2, que permite a agregação de dados bancários e iniciação de operações de pagamento, sempre com consentimento do cliente, que tem de permitir a partilha dos seus dados entre bancos.

A consultora Roland Berger considerou, num estudo divulgado em janeiro de 2017, que a nova diretiva de pagamentos significará uma mudança "radical" e uma "ameaça" ao negócio dos bancos, estimando um impacto de 25% a 40% nas receitas da banca europeia.

No início do mês, a Federação Europeia de Bancos afirmou, em Bruxelas, que as instituições bancárias portuguesas "não devem temer a concorrência" de companhias tecnológicas financeiras como a Revolut ou a Paypal, mas também prestar este tipo de serviços.

Um relatório sobre a indústria bancária divulgado este mês pela Xpand IT referia que os bancos mais tradicionais têm de aproveitar as oportunidades tecnológicas para se aproximarem dos clientes e oferecerem novos serviços, nomeadamente através de 'apps' (aplicações) que ajudem a planear o seu futuro financeiro, sob pena de perderem negócio significativo para novas empresas.

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