Porto: Concurso para autocarros na Área Metropolitana lançado até outubro

O concurso para o transporte público rodoviário na Área Metropolitana do Porto (AMP), que visa substituir as concessões em vigor em vários concelhos até dezembro, deve ser lançado até outubro.

Grupo Salvador Caetano desenvolveu um autocarro urbano 100% elétrico e silencioso

© Getty Images

Lusa
26/07/2019 14:14 ‧ 26/07/2019 por Lusa

Economia

Porto

 

A informação foi prestada pelo primeiro secretário da AMP, Mário Rui Soares, que revelou que, neste momento, "a parte técnica está concluída, estando-se a proceder a afinação de algumas cláusulas".

No que respeita à avaliação económica, que deve estar concluída dentro de 10 a 12 dias, e à celebração dos acordos com as Comunidades Intermunicipais (CIM), o processo está a "desenvolver-se", devendo "estar tudo pronto no final de agosto", contudo, explicou ser necessário aprovar uma adenda ao contrato interadministrativo, o que deverá acontecer em setembro.

Em declarações no final da reunião de hoje do Conselho Metropolitano do Porto, na qual foi decidido por unanimidade "mandatar a comissão executiva para a proceder a abertura do procedimento concursal", o vice-presidente da AMP, Emídio Sousa, explicou que todo este processo é uma novidade, pelo que exige muita prudência.

"A ideia era ser em setembro, nós já tínhamos previsto isto antes. Estamos a tentar dar passos seguros, porque, de facto, é toda uma novidade, todo o concurso de transporte. Temos de ter muita prudência. Os procedimentos de contratação pública são extremamente exigentes", disse.

O autarca, que presidiu à reunião desta manhã em substituição do presidente da AMP, Eduardo Vítor Rodrigues, espera que o concurso possa ser lançado em outubro, até porque as concessões do transporte publico rodoviário terminam em dezembro.

"Mesmo com toda esta cautela, eu presumo que mesmo durante o procedimento concursal irão surgir ainda outras questões, mas espero bem que até outubro seja lançado, porque as atuais concessões terminam em dezembro. Nós poderemos prorrogá-las, mas quanto mais rápido conseguirmos ter os operadores a trabalhar neste modelo melhor para a área metropolitana", acrescentou.

Apesar a decisão ter sido unânime, foram apresentadas duas declarações de voto por parte dos presidentes das câmaras de Valongo e Gondomar, que deixaram críticas ao processo.

Na declaração lida esta manhã, o presidente da Câmara de Valongo, José Manuel Ribeiro, explicou que sempre teve dúvidas sobre o "modelo de 'gross cost'" seguido, uma vez que o mesmo coloca "todo o risco do lado público".

O autarca, que representa 100 mil pessoas, disse não entender como se pode avançar como a abertura do procedimento concursal sem ter o conhecimento real do impacto financeiro desta decisão que pode "a breve prazo ter o efeito de asfixiar os municípios".

Já Marco Martins, presidente da Câmara de Gondomar e coordenador da área dos transportes na AMP, sublinhou que "Gondomar está integrado num lote que nunca aceitou", e que foi imposto ao município.

O novo concurso prevê a uniformização da frota numa marca única para os 17 concelhos, bem como a uniformização da bilhética e das tarifas.

Para além disso, o caderno de encargos que coloca a concurso cinco lotes, um por cada empresa, prevê ainda uma diminuição gradativa da idade média da frota ao longo dos sete anos da concessão.

A conclusão do concurso para o transporte público rodoviário na AMP foi adiada por quatro vezes. Inicialmente, o presidente da AMP acreditava que o mesmo podia estar concluído em abril, contudo, a sua conclusão acabou por ser adiada primeiramente para maio, depois para junho e por último para o mês de julho.

 

 

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