Tendo em conta o poder de compra de cada país, os portugueses foram os que mais pagaram pela eletricidade, sendo que mais de metade do valor da fatura dizia respeito a impostos e taxas (55%), segundo o relatório do gabinete de estatísticas da União Europeia relativo à situação vivida no segundo semestre do ano passado.
Questionado pelos jornalistas, o ministro do Ambiente e da Transição Energética, João Pedro Matos Fernandes, lembrou que, entretanto, houve mudanças, como a baixa do preço da eletricidade em 3,5% e a redução do IVA.
A redução do IVA de 23% para 6% chegou a cerca de dois milhões de contratos, um terço dos consumidores, segundo uma explicação recente do ministro.
No entanto, esta redução anunciada em abril aplica-se apenas a uma componente do termo fixo e não à totalidade da fatura.
"O preço da eletricidade é uma preocupação do Governo", garantiu o ministro em declarações aos jornalistas à saída da Conferência 'A Educação e os Desafios do Futuro: Ambiente e Desenvolvimento Sustentável', que está a decorrer na sede do Conselho Nacional de Educação (CNE), em Lisboa.
Matos Fernandes sublinhou o caminho que está a ser traçado na redução do preço da eletricidade que fará com que a diferença com os outros países "tenderá a esbater-se".
O valor que os portugueses pagam pela eletricidade aumentou menos do que na média europeia no segundo semestre do ano passado, mas os portugueses continuam a ser os europeus com os preços mais elevados, quando ajustados pelo poder de compra.
O aumento em Portugal foi de 2,8%, enquanto o aumento médio da União Europeia foi de 3,5%.