O preço do petróleo tem estado em alta, à boleia das sanções dos EUA ao Irão, mas este aumento representa um obstáculo para a economia mundial. De um lado, os países produtores beneficiam através do crescimento das receitas, mas do outro os países consumidores serão penalizados com um aumento do preço dos combustíveis, o que irá impulsionar a inflação.
A agência Bloomberg preparou um conjunto de perguntas e respostas sobre o tema, onde explica, entre outras coisas, que os principais beneficiadores do petróleo em altas são a Arábia Saudita, a Rússia, a Noruega, a Nigéria e o Equador, citando uma análise do Nomura.
Do lado oposto, entre os principais perdedores estão as economias emergentes com défices fiscais e de conta corrente elevados, como a Turquia, a Ucrânia e a Índia. Neste caso, os bancos centrais poderão ter de optar por aumentar as taxas de juro mesmo que o crescimento seja lento.
E para os EUA?
Ainda segundo a análise da Bloomberg, os EUA não beneficiariam com o barril de petróleo a cotar nos 100 dólares. Isto porque esse aumento significaria uma pressão adicional para os consumidores norte-americanos, que são a base do crescimento norte-americano.